Gasto de Energia e Utilização de Substrato Durante Vibração do Corpo Todo
Por Ravena Santos Raulino (Autor), Fernanda Meira de Aguiar (Autor), Núbia Carelli Pereira de Avelar (Autor), Isabela Gomes Costa (Autor), Jacqueline da Silva Soares (Autor), Ana Cristina Rodrigues Lacerda (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 2, 2015. Da página 122 a 127
Resumo
introdução e objetivo: o objetivo deste estudo foi investigar se a adição de vibração durante o treinamento intervalado do exercício elevaria o consumo de oxigênio ( VO 2 ) até o ponto necessário para controle do peso e para avaliar a influência da intensidade do estímulo vibratório para a prescrição do programa de exercícios em questão. Métodos: o VO2 medido a cada respiração foi avaliado em repouso e durante as quatro condições experimentais para determinar o gasto de energia, o equivalente metabólico (MET ), a taxa de troca respiratória, o percentual de kcal da gordura e a taxa de oxidação de gordura. Oito mulheres jovens e sedentárias (idade 22 ± 1 anos, estatura 163,88 ± 7,62 cm, massa corporal 58,35 ± 10,96 kg, VO 2 máx (32,75 ± 3,55 ml O 2 .kg -1 .min -1) realizaram treinamento intervalado (duração = 13,3 min) para os membros superiores e inferiores com vibração (35 Hz e 2 mm, 40 Hz e 2 mm, 45 Hz e 2 mm) e sem vibração. As condições experimentais foram randomizadas e balanceadas em um intervalo de 48 horas. Resultados: a adição de vibração ao exercício a 45 Hz e 2 mm resultou em aumento adicional de 17,77 ± 12,38 % do VO 2, em comparação com o exercício sem vibração. Contudo, esse aumento não alterou a taxa de oxidação de gordura (p = 0,42), porque a intensidade do exercício (29,1 ± 3,3 %VO2 máx, 2,7 MET ) foi classificada como leve para indivíduos jovens. Conclusão: apesar a influência da vibração sobre o VO 2 durante o exercício, o aumento foi insuficiente para reduzir o peso corporal e não atingiu a recomendação mínima de prescrição do exercício para controle do peso para a população do estudo.