Gasto Energético Entre Crianças de Escola Pública Obesas e Não Obesas
Por Mario Maia Bracco (Autor), Maria Beatriz Rocha Ferreira (Autor), André Moreno Morcillo (Autor), Fernando Colugnati (Autor), Jefferson Jenovesi (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 10, n 3, 2002. Da página 29 a 35
Resumo
O presente estudo teve como objetivo comparar o gasto energético decorrente da atividade física entre crianças de ambos os sexos, obesas e não obesas, em uma população escolar de baixa renda da cidade de São Paulo. A população estudada foi composta de 26 crianças (obesas, n=7; não obesas, n=19), matriculadas nas 3ª e 4ª séries de escola pública estadual. Para a avaliação do estado nutricional foi utilizado o índice de massa corporal (P/E2), considerando obesidade P/E2> +2 escores Z. Para a obtenção dos níveis de atividade física espontânea e a estimativa do gasto energético, foram utilizados sensores de movimento uni-axiais (CSA) em dias de semana e em finais de semana, com variação de 4 a 7 dias de utilização. Os resultados mostraram que as crianças obesas apresentam maior gasto energético decorrente da atividade física, porém menor tempo, em minutos, de atividade física em relação às crianças não obesas. No entanto, em ambos os grupos a intensidade da atividade física foi predominantemente leve, resultando em baixo gasto energético. Conclui-se que as crianças obesas apresentam maior gasto energético que as não obesas, porém menor tempo total de atividade física. Crianças de baixa renda apresentam um perfil insuficiente de atividade física independentemente do estado nutricional. PALAVRAS-CHAVE: atividade física, obesidade em criança.