Gênero e Educação Física: Outras Práticas Corporais na Escola
Por Leiriane Viveiros Gregório (Autor), Ingrid Dittrich Wiggers (Autor), Rejane Duarte Leite Monteiro (Autor).
Em XVIII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e V Conice - CONBRACE
Resumo
Este trabalho objetiva analisar realização de atividades pedagógicas relacionadas a práticas corporais de cunho alternativo ao cotidiano escolar com alunos do ensino fundamental, entre 13 e 15 anos, visando à integração entre meninos e meninas em aulas de Educação Física. As relações de gênero que permeiam o ambiente das práticas corporais na Educação Física escolar têm sido tema corrente no debate acadêmico (GOELLNER, 2007). A prática dessa disciplina na escola, baseada, sobretudo na vivência de esportes, possui forte caráter funcionalista, no que se refere à conformação dos papéis de gênero e à manutenção de estereótipos. Assim, nesse espaço escolar, destinado a vivência da cultura corporal, o elemento feminino estaria à margem e não raro é tratado como estranho.A Educação Física desenvolve culturas diferenciadas para cada sexo através da vivência de práticas corporais impregnadas de representações sociais e normas de conduta. A legitimação do feminino nas atividades esportivas e de lazer perpassa pelo entendimento de suas representações e pela análise dos papéis sociais e dos processos culturais que formam feminilidades e masculinidades (SARAIVA, 2005). Os conflitos presentes nas aulas, entre eles os de gênero, revelam a necessidade de contestar e rever a prática pedagógica da disciplina que, de forma geral, tende a reproduzir condições e valores vinculados mais amplamente na sociedade. Observa-se um esgotamento do modelo pedagógico atual e a necessidade de se discutir novas formas de ensinar, que considerem diferenças e desigualdades sociais