Editora Do Autor. Brasil 2009. None páginas.

Sobre

A atualidade histórica revela-se por meios de comunicação nunca antes experimentados, com grande diversidade de informações, tendo como conseqüência a dificuldade de acompanhamento das mudanças que estão ocorrendo ao nosso redor. Nesses termos, há necessidade de organizar melhor os dados e as informações para uma gestão do conhecimento sobre áreas especificas. No setor do esporte, além da carência de informações sistematizadas, as atividades de planejamento e diagnóstico apresentam-se desarticuladas e voltadas para ações de curto prazo. Nesse sentido, esta investigação tem por objetivo estabelecer conceitos e procedimentos padrões para coleta de dados sobre o esporte e a atividade física em perspectiva nacional, partindo do pressuposto que a inexistência de conceitos e procedimentos padrões para a coleta de dados e diagnósticos sobre o esporte no Brasil gera descontinuidade e fragmentação da administração pública e privada. Como metodologia, partimos de uma análise comparativa de semelhanças e diferenças, baseada em proposições de Oyen (1992), focalizando levantamentos e diagnósticos produzidos no Brasil e no exterior (Sistema COMPASS - Coordinated Monitoring of Participation in Sport). Diante da análise dos resultados, concluímos que se faz necessária a construção de uma nova cultura organizacional no sentido de Valentin (2003) e de Senge (2004) que favorecem o comportamento voltado à gestão do conhecimento para coleta de dados e diagnósticos, o que incluiria necessariamente o setor esportivo brasileiro. Neste particular, esta investigação incorporou os procedimentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sugerindo reformulações visando ao aperfeiçoamento de políticas públicas e de intervenções privadas no esporte nacional. Uma verificação empírica destas recomendações foi feita no Estado de Sergipe, envolvendo 72% dos municípios do Estado. Observa-se nas respostas dadas pelos gestores um alto índice de aceitação dos padrões relacionados ao COMPASS e que 100% dos gestores trabalhariam para realização de um diagnóstico no seu município, se assim proposto. Evidenciou-se também a aplicabilidade do COMPASS em Sergipe sugerindo possibilidades de adesão por todo o Brasil, uma vez que o levantamento junto aos gestores envolveu distintos níveis de desenvolvimento municipal. Nesses termos, comprovou-se a necessidade da padronização de procedimentos, metodologias e instrumentos de coleta, objetivando melhorar a qualidade dos dados estatísticos em esporte e atividade física em perspectiva nacional.

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