Gestão de academia: competências e o gestorcentrismo na literatura
Por Leonardo Silva de Lima (Autor), Denise Fick Alves (Autor).
Resumo
O cotidiano envolvendo a gestão de uma academia de ginástica é atravessado por inúmeras condições de atuação que envolvem desde o fluxo de alunos, prospecção de clientes, organização do quadro funcional, redução de custo, negociação de contratos, manutenção, limpeza, processos internos, novos produtos, franquias entre outros questões que dependem da ação da gestão. Envolvido nesse processo, o gestor carrega consigo uma responsabilidade por equalizar essas forças, tal como um equilibrista de pratos em um circo, tentando manter seu espetáculo. Alcadipani (2011) faz uma alusão entre a “fabricação de gestores” e uma fábrica de sardinhas, questiona como que este “gerencialismo” tornou-se a principal forma de orientação dos envolvidos nesse processo, assim como a forma tayorista de quem ensina sobre gestão, pretendendo buscar aplicações universais para suas ações, soluções únicas para problemas complexos e uma valorização do conhecimento do gestor em detrimento dos demais. Há uma grande quantidade de gestores com formação em Educação Física que por necessidade ou oportunidade, acessam esse ambiente de gestão sem ter tido uma formação específica ou complementar na área, como apontam Mazzei e Bastos (2012). Mas, quais são as competências que possibilitam o acesso aos cargos de gestão em academias de ginástica? Realizamos uma busca em periódicos e base de dados e observamos muitos estudos focados em atender necessidades de gestores, ou seja, há uma produção de conhecimento, principalmente na área de gestão esportiva, voltada para a figura do gestor