Resumo

O objetivo deste estudo é apresentar uma reflexão sobre como a compreensão sobre os espaços relacionais como espaços de afeto pode contribuir para a Gestão do Conhecimento e a Aprendizagem Organizacional. A perspectiva adotada para a reflexão proposta é baseada principalmente no pensamento dos filósofos Espinosa e Nietzsche sobre a capacidade de afeto e potência de agir. O texto defende que todo conhecimento e todo processo de aprendizagem é expressão de um certo ponto de vista e a constituição desse ponto de vista responde a um certo sistema afetivo. Esses elementos, por sua vez, são onipresentes em ambientes organizacionais, cujo potencial de afeto está intimamente relacionado à capacidade de transformação. A abordagem metodológica utilizada foi qualitativa, envolvendo levantamento bibliográfico e a realização de um estudo de natureza exploratória e descritiva, baseada em análise de conteúdo. Nas conclusões, observa-se que a implementação de ações voltadas para Gestão do Conhecimento e Aprendizagem Organizacional exige a mobilização não somente de técnicas, processos e ferramentas, mas, sobretudo, de afetos que impactam diretamente as identidades e os processos de aprendizagem dos indivíduos e, consequentemente, das organizações. Daí a importância da associação e cruzamentos entre essas duas áreas de estudo com áreas que investigam o potencial de ação dos seres humanos nos espaços relacionais a partir da perspectiva do afeto.

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