Gestão estratégica das experiências de lazer em clubes Sociorrecreativos
Por Marcos Ruiz da Silva (Autor).
Parte de Gestão Estratégica das Experiências de Lazer . páginas 265 - 271
Resumo
Para falar sobre a gestão estratégica das experiências de lazer nos
clubes sociorrecreativos é necessário indicar uma série de disposições que
estão incorporadas ao universo que circunscreve a forma de pensar e agir
administrativamente dessas entidades. Para isso, a discussão deste texto está
mais demarcada no levantamento de um conjunto de questões sobre a complexa
trama que implica a gestão dos clubes, do que no indicar caminhos ou
sugestões de caráter técnico sobre o tema – ou seja, de orientar a estruturação
de um planejamento estratégico para um clube sociorrecreativo.
Concebidos no Brasil a partir do século XIX, os clubes sociorrecreativos2 surgiram
como a representação dos interesses de diferentes grupos sociais – sejam
esses interesses a manutenção das tradições e costumes étnicos; a mobilização
para a assistência social de determinadas comunidades; a prática esportiva; a
mobilização política; as práticas artísticas e literárias, dentre outros. É comum a
presença dessas instituições em outros países da América do Sul e também em
outros continentes, como na América do Norte e Europa (SILVA, 2008).
Mesmo considerando que as características estruturais gerais dessas
entidades são similares quanto à forma de funcionamento, sua constituição
jurídica, e outros fatores mais globais3, há particularidades muito distintas na
organização da vida cotidiana desses espaços. Dentre elas, podemos dizer
que a própria construção na forma das sociabilidades vividas pelas pessoas é
carregada de sentidos muito particulares.