Gestão Paradesportiva e os Jogos Rio-2016 na Perspectiva de Deficientes Visuais
Por Thales Fernandes de Abreu João (Autor), Danilo Machado de Oliveira Almeida (Autor), Marina Dias de Faria (Autor).
Em Revista de Gestão e Negócios do Esporte - RGNE v. 4, n 1, 2019.
Resumo
As pessoas com deficiência, embora sejam cerca de 1/4 da população brasileira, ainda têm dificuldades para exercerem seus papéis sociais, sobretudo como consumidoras. Tendo em vista o recente protagonismo do Rio de Janeiro no cenário esportivo mundial, o presente estudo buscou analisar os Jogos Paralímpicos de 2016 no que tange a organização e os legados deixados para a cidade do Rio de Janeiro na perspectiva das pessoas com deficiência visual. Para atingi-lo, foram feitas 11 entrevistas semiestruturadas com alunos deficientes visuais do Instituto Benjamin Constant (IBC), referência nacional no ensino e inclusão social de cegos. Ressalta-se que o estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade à qual pertencem os autores desta pesquisa e pelo comitê de ética do IBC, local no qual as entrevistas foram realizadas. Os dados foram coletados nos dias 11 e 18 de maio de 2017, pouco mais de 8 meses após a realização do evento, bem como organizados e processados numa análise de conteúdo que apontou 5 subcategorias de avaliação do legado dos Jogos Rio-2016 relacionadas ao consumo esportivo: “preferência por modalidades”; “acessibilidade das instalações”; “ambiente de serviços das instalações”; “opinião sobre o patrocínio esportivo” e “lembrança de marcas apoiadoras”.