Resumo

As  pessoas  com  deficiência,  embora  sejam  cerca  de  1/4  da  população  brasileira,  ainda  têm  dificuldades  para  exercerem seus papéis sociais, sobretudo como consumidoras. Tendo em vista o recente protagonismo do Rio de  Janeiro no cenário esportivo mundial,  o presente estudo buscou  analisar os Jogos Paralímpicos de  2016 no que  tange  a  organização  e  os  legados  deixados  para  a  cidade  do  Rio  de  Janeiro  na  perspectiva  das  pessoas  com  deficiência visual. Para atingi-lo, foram feitas 11 entrevistas semiestruturadas com alunos deficientes visuais do  Instituto  Benjamin  Constant  (IBC),  referência  nacional  no  ensino  e  inclusão  social  de  cegos.  Ressalta-se  que  o  estudo  foi  aprovado  pelo  comitê  de  ética  da  Universidade  à  qual  pertencem  os  autores  desta  pesquisa  e  pelo  comitê de ética do IBC, local no qual as entrevistas foram realizadas.  Os dados foram coletados nos dias 11 e 18  de  maio  de  2017,  pouco  mais  de  8  meses  após  a  realização  do  evento,  bem  como  organizados  e  processados  numa análise de conteúdo que apontou 5 subcategorias de avaliação do legado dos Jogos Rio-2016 relacionadas  ao  consumo  esportivo: “preferência por modalidades”;  “acessibilidade das instalações”;  “ambiente de serviços  das  instalações”; “opinião sobre o patrocínio esportivo” e “lembrança de marcas apoiadoras”.

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