Gestão profissional para o desenvolvimento de políticas públicas de qualidade para o lazer e o esporte

Parte de Gestão Estratégica das Experiências de Lazer . páginas 31 - 43

Resumo

A relevância do lazer e do esporte para a sociedade tem sido comprovada em pesquisas e, fundamentalmente, pelos resultados de práticas pontuais, notadamente oriundas de políticas públicas que, infelizmente, não estão consolidadas no Brasil. Embora cada cidadão deva contribuir para seu desenvolvimento, cabe ao Estado a ação protagonista no planejamento e efetivação de políticas públicas para o lazer e o esporte. Existe relação direta entre lazer e saúde, lazer e educação, lazer e qualidade de vida, as quais não podem ser negligenciadas (MELO; ALVES JUNIOR, 2012). Para Marcelino (2002), a prática do lazer é estimulada pelos governos, sendo que o um terço a mais que é pago nas férias é um incentivo para que o trabalhador usufrua esse beneficio para seu lazer; porém, nem todos têm conhecimento de que é essa a finalidade desse recurso. No que se refere à prática de atividade física, os benefícios podem ser comprovados e são associados principalmente aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos (MATSUDO; MATSUDO, 2000). Para Guedes e Guedes (1995), além de promoverem a saúde, exercícios físicos habituais influenciam na reabilitação de determinadas patologias relacionadas ao aumento dos índices de morbidade e mortalidade. O American College of Sports Medicine (ACSM) e a American para o lazer e o esporte no Brasil, é que o processo de definição e execução fica concentrado em pessoas que não possuem o conhecimento e qualificação compatíveis com o nível de exigência para a realização de um projeto de Estado, o que inviabiliza a universalização dessas práticas1 . Sposito e Carrano (2003) entendem que a realidade das cidades é mais complexa que as correias de transmissão da centralização política. Assim, há sempre a possibilidade de saídas locais, tanto envolvendo a gestão criativa e participativa dos recursos, quanto a reprodução dos velhos clientelismos políticos no trato com jovens participantes das atividades propostas por programas induzidos pelo poder central. Assim, cabe aos gestores a decisão por práticas saudáveis, ou os tradicionais descaminhos constatados na política nacional.