Gestão de Recursos Humanos nas Federações Esportivas do Estado de Pernambuco
Por Carlos Augusto Mulatinho de Queiroz Pedroso (Autor), Ângelo de Andrade Rodrigues dos Santos (Autor), Antônio Vinicius Neves Barbosa (Autor), José Pedro Sarmento de Rebocho Lopes (Autor), Vilde Gomes de Menezes (Autor), Luciano Leonidio (Autor).
Em 1º Congresso Internacional Sobre Gestão do Esporte e 4º Congresso Brasileiro Sobre Gestão do Esporte
Resumo
As Federações Esportivas são instituições responsáveis pela organização das modalidades esportivas no contexto nacional e internacional, tendo como atividade fulcral a regulamentação e o desenvolvimento do esporte de rendimento. Contudo, as organizações são compreendidas como uma entidade social composta de pessoas que cooperam a partir de ações formais e coordenadas para o alcance de objetivos e metas respeitando as estruturas hierárquicas existentes. É neste contexto que fica evidente a importância dos recursos humanos de uma organização, principalmente no lócus das federações esportivas, onde se percebe a carência de material humano para atender as demandas existentes destas instituições. Sendo assim, esta investigação tem como objetivo analisar a gestão de recursos humanos das Federações Esportivas do Estado de Pernambuco. No que diz respeito à metodologia trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, onde os procedimentos iniciais foram processos exploratórios decorrentes da bibliografia relativa à temática. O passo seguinte foi à realização de uma intervenção de campo entre cinquenta e duas federações esportivas do Estado de Pernambuco no período agosto a outubro de 2010. Os dados foram obtidos mediante aplicação de questionário com 19 perguntas fechadas, cujo tratamento decorre do processo de estatística descritiva. Os procedimentos metodológicos foram inspirados em Sarmento, Pinto e Oliveira (2006) e a escolha dos entrevistados respeitaram os critérios desenvolvidos por Lopez e Luna-Arocas (2000). Os dados revelam que 93% dos dirigentes não recebem remuneração pelo trabalho desenvolvido na federação e apenas 21% possuem um quadro fixo de funcionários. Das federações entrevistadas apenas 25% afirmaram ter um quadro permanente de profissionais responsáveis pelo treinamento das equipes que representam o Estado nas competições nacionais e internacionais, deste percentual apenas 7% são remunerados. Conclui-se que a gestão dos recursos humanos das federações esportivas do Estado de Pernambuco encontra-se em situação precária, a ausência de um quadro fixo de funcionários e a não remuneração são elementos essenciais para a real situação deficitária destas organizações.