Resumo

Beleza, força e plasticidade

Apesar de atualmente estar configurada como esporte moderno, atividades ginásticas já eram praticadas em grande escala em civilizações antigas, porém, sem o mesmo regramento e princípios científicos e técnicos atuais. Além disto, as práticas da antiguidade mantinham sempre um caráter utilitário e/ou religioso: em Roma era utilizada com fim de preparar os soldados para campanhas militares ou gladiadores para entreter o público nos famosos anfiteatros; na Grécia, principalmente, como instrumento de culto aos Deuses, na maioria das vezes, Zeus – prática desenvolvida nos famosos jogos gregos, sendo o maior deles, os jogos olímpicos.

Durante a Idade Média, as atividades físicas em geral foram consideradas atos desviantes pela igreja católica, que defendia apenas o exercício intelectual conduzido pelos valores da rígida doutrina cristã, como meio correto para o desenvolvimento do homem submisso à Deus. Assim, eram comuns casos extremos nos quais indivíduos que demonstravam cuidados com o corpo considerados exagerados, portanto, em desacordo com os ideários católicos apostólicos romanos. Nestes casos radicais, as punições eram aquelas já famosas torturas físicas, características dessa época de trevas.

Dessa forma a ginástica ficou por um tempo relegada a segundo plano, ao menos no ocidente, onde mantiveram-se restritas a práticas militares e religiosas, tendo em vista a necessidade bélica para o enfrentamento nas guerras santas, conhecidas como “Cruzadas”. Após esse período de efetivo controle na Europa Ocidental, ao menos aquela parte sob influência do Vaticano, começou a despontar o movimento que sutilmente, a partir das artes e da ciência, perspectiva uma nova concepção de “homem”, o mesmo foi chamado de Renascimento. Pode-se dizer, inclusive, que esta ruptura iniciada no século XIV possibilitou que séculos mais tarde, XVIII e XIX, fossem elaborados movimentos mais próximos à Ginástica atual. Variadas metodologias de ensino da Ginástica foram surgindo em alguns países europeus, com destaque para os métodos: Sueco, Francês, Inglês e Alemão.

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