Ginástica Artística Masculina: é Sistemático o Uso das Superfícies Elásticas no Processo de Treinamento?
Por Marco Antonio Coelho Bortoleto (Autor), Tiago Furtado Coelho (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 30, n 1, 2016. Da página 51 a 59
Resumo
Em alguns esportes, o espaço de jogo representa o componente sistêmico de maior relevância: esse é o caso da Ginástica Artística (GA). Desse modo, quando nos empenhamos em compreender a lógica interna dessa modalidade precisamos dedicar especial atenção à relação ginasta-aparelho. Observamos uma mudança no paradigma de treinamento em que o uso das Superfícies Elásticas constitui um componente essencial, visando atender às características contemporâneas desse esporte, como a hipervalorização das acrobacias e a maior presença dos elementos ginásticos com “fase aérea”. Nessa oportunidade, analisamos, a partir de estudo de caso de um ginásio de treinamento de alto rendimento de Ginástica Artística Masculina, o emprego de diferentes Superfícies Elásticas (SpE) na preparação dos ginastas. Embora os treinadores reconheçam o papel fundamental das SpE para o desenvolvimento dos ginastas, seu uso cotidiano ainda é restrito a poucos equipamentos e realizado de modo assistemático. Essas dificuldades se devem principalmente à ausência de programas formativos que desenvolvam metodologias específicas e à inexistência de fornecedores de equipamentos nacionais com qualidade certificada pela Federação Internacional de Ginástica.