Ginástica em Academia: Compreensões Sobre o Planejamento de Aulas em Salvador
Por Amanda Azevedo Flores (Autor).
Em XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Este estudo teve como tema a ginástica em academia e seu objetivo foi analisar a construção do planejamento das aulas nas academias de Salvador-Bahia. A pesquisa foi qualitativa, descritiva, de cunho exploratório, desenvolvida em cinco academias, que deveriam ser em rede (ter mais de uma sede) e ter mais de dez anos. Os sujeitos foram cinco professores e cinco coordenadores. A metodologia utilizada foi à revisão de literatura sistemática, para tratamento teórico, associada a uma investigação de campo, para coleta de dados. Foram utilizados instrumentos diferentes, em função do perfil profissional dos investigados. Com coordenadores usamos o questionário fechado e com professores uma entrevista semi estruturada e a observação sistemática das aulas. Para o tratamento dos dados usamos a análise de conteúdos, agrupando as respostas em categorias, as relacionando aos elementos da observação e aos dados teóricos. Constatarmos a coexistência de duas concepções de planejamento. Numa o professor, com suas experiências elabora e segue um planejamento e noutra, o docente recebe o planejamento pronto e o reproduz. Identificamos que os professores vêem a prática didática como uma reprodução e não a reconhecem como uma produção dos saberes, fato que ocasiona dificuldades para seu trabalho. Como conclusão, consideramos que a atuação com ginástica carece de melhor organização didática, ajustada às realidades e identificamos que a existência de métodos padronizados produz a perda da autonomia. É necessária a atenção a este tipo de ação, com propostas que contribuam na formação e no exercício profissional, em espacial a organização didática das atividades docentes.