Resumo

Os problemas posturais dos cirurgiões-dentistas sempre foram motivo de muitas reclamações por parte da classe odontológica. Atualmente, com os equipamentos com padrões ergonômicos, muitos dos problemas diminuíram, entretanto, ainda há dificuldades de se evitarem os problemas posturais. Com relação à organização do trabalho e à saúde do trabalhador, o método estático e altamente repetitivo, como ocorre na profissão dos cirurgiões-dentistas, não permitindo uma maior movimentação, têm a desvantagem de exigir sempre a contração dos mesmos grupos musculares e a utilização das mesmas posturas, possibilitando dessa forma uma intensa sobrecarga física, cognitiva e psíquica em tais profissionais. A ginástica laboral, aliada à ergonomia, vem apresentando-se como uma solução para lidar com as graves conseqüências desse contexto. O presente estudo teve como objetivo principal avaliar a implantação de um programa de ginástica laboral em cirurgiões-dentistas da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis-SC. Foi aplicado um questionário (nos cirurgiões-dentistas) antes de iniciar-se a aplicação do programa de ginástica laboral e, ao final do estudo, após a última sessão de ginástica laboral. Utilizou-se também um mapa de desconforto corporal e uma escala visual analógica, visando verificar, respectivamente, as regiões corporais em que os dentistas relatassem dor e para mensurar o nível de dor dessas regiões. De acordo com o estudo, pôde-se constatar que os resultados foram significativos, demonstrando que a ginástica laboral pode ser utilizada no dia-a-dia clínico dos cirurgiões-dentistas como uma medida para compensar os esforços e sobrecargas mio-articulares geradas durante os atendimentos.

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