Resumo

Constritas pela doença, tratamentos subsequentes e rotinas hospitalares, frequentemente, crianças e adolescentes diagnosticado/as
com câncer acabam por não conseguir vivenciar uma rotina ativa e de vasta interação social. Somados às restrições impostas pe lo quadro
clínico, os fatores psicológicos e os aspectos motores são juntamente afetados. Evidencia-se, portanto, a necessidade em levar a esse público
uma nova forma de continuar desenvolvendo suas atividades práticas, em especial somadas à ludicidade, por meio de um processo sensível e
humanizado. A partir do entendimento da Ginástica como potencial para a promoção de momentos de lazer, de interação social, de
desenvolvimento estético e criativo e, portanto, de benefícios sociais e emocionais, este estudo destaca a Ginástica para Todos (GPT) como
uma possibilidade de brincar de Ginástica. A GPT pode ser uma estratégia pertinente para o desenvolvimento de brincadeiras que envolvam
movimentos de Ginástica, como as ações de saltar, rolar, rotacionar o corpo, equilibrar-se e pendurar-se, além da realização dos manejos de
aparelhos de pequeno porte, construídos e/ou adaptados, com influências da Ginástica Rítmica e da GPT. Portanto, este ensaio tem como
objetivo apresentar reflexões acerca das possibilidades do universo ginástico no contexto hospitalar, fundamentando-se na GPT e em
referenciais sobre o brincar, a imaginação e a criação. Após as reflexões sobre o tema, são sugeridas algumas propostas de atividades que
podem ser realizadas com crianças e adolescentes no ambiente hospitalar, relacionadas aos seguintes temas: manejo de fita e maças,
deslocamentos, posições básicas da Ginástica e acrobacias coletivas. Por fim, destaca-se a importância do/a profissional de Educação Física e
da sua atuação sensível nesse contexto.

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