Resumo
Esporte olímpico feminino de rara beleza e graciosidade
O modelo de prática chamado de Ginástica Rítmica começou a ser desenvolvido por volta das décadas de 1910 e 1920, portanto um longo período após a disseminação da modalidade de ginástica mais popular e reconhecida em vários países europeus, a Ginástica Artística – na época, chamada ainda de Ginástica Olímpica. Seu surgimento deriva, inclusive, de adaptações aos movimentos e características dessa última, sobretudo a prova de solo. Às apresentações já existentes naquela prática mais antiga ganharam maior plasticidade e beleza de movimentos com a inserção de músicas e objetos (também chamados de aparelhos) como integrantes fundamentais da nova metodologia de ginástica.
Em seu início a prática não possuía interesses competitivos e servia principalmente como modelo de expressividade corporal. Nas décadas seguintes, as apresentações foram ficando cada vez mais frequentes e as coreografias mais elaboradas e técnicas. O interesse pela diversificação de trabalhos e metodologias cresceu rapidamente, principalmente na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que passou, então, a sistematizar a prática, condição esta que possibilitou uma disseminação pelos demais países do bloco socialista. A partir daí as competições passaram a ser realizadas com frequência, com a primeira considerada de abrangência internacional disputada no ano de 1961. O reconhecimento do sucesso da mesma foi imediato. Tanto que um ano após este acontecimento, logo, em 1962, mesmo com a reticência de alguns integrantes – sobretudo porque alguns dirigentes não gostavam da ideia de um esporte exclusivamente feminino –, a Ginástica Rítmica foi aceita pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), e novamente no ano seguinte, em 1963, o primeiro campeonato mundial da modalidade seria realizado.