Glicocorticóides e Síndrome Metabólica: Aspectos Favoráveis do Exercício Físico Nesta Patofisiologia
Por J. Rodrigo Pauli (Autor), Luciana Souza (Autor), Gustavo Rogatto (Autor), Ricardo Gomes (Autor), Eliete Luciano (Autor).
Em Revista Portuguesa de Ciências do Desporto v. 6, n 2, 2006. Da página 217 a 228
Resumo
RESUMO A síndrome metabólica tem diversas similaridades com a síndrome de Cushing (intolerância à glicose, resistência à insulina, hipertensão, dislipidemia, obesidade central), sugerindo que anormalidades no metabolismo dos glicocorticóides estão associadas com a síndrome metabólica. Por outro lado, a prática regular de atividade física tem sido recomendada para a prevenção e a reabilitação de doenças cardiovasculares e outras doenças crônico-degenerativas. Estudos epidemiológicos têm demonstrado relação direta entre inatividade física e presença de múltiplos fatores de risco como os encontrados na síndrome metabólica. Os efeitos benéficos do exercício físico têm sido demonstrados na prevenção e no tratamento da hipertensão arterial, na resistência à insulina, no diabetes, na dislipidemia e na obesidade. Nesse contexto, esta revisão tem o intuito de discutir os efeitos metabólicos dos glicocorticóides e a associação da ação destes esteróides com as características da síndrome metabólica. Além disso, vamos explorar os mecanismos pelos quais a atividade física pode favorecer o metabolismo dos usuários de glicocorticóides. Palavras-chave: glicocorticóides, síndrome metabólica, exercício físico.