Resumo

INTRODUÇÃO Parece haver um razoável consenso de que o mundo, neste final de século, se encontra em avançado processo de integração dos mercados económicos. Embora não seja esta a primeira tentativa de globalização da economia, sem dúvida nunca houve uma conjugação de fatores tão favoráveis a sua implementação. O fim da bipolarização entre os blocos socialista e capitalista, a desregulamentação dos mercados internacionais, as modernas tecnologias de informatização e dos meios de comunicação, entre outros fatos concretos, estão tornando viável o grande sonho capitalista da internacionalização. Em vista da globalização, consequências são sentidas nos mais diferentes âmbitos das sociedades, especialmente aqueles que, de alguma maneira, podem ser enfocados sob a ótica do mercado. A cultura e, mais especificamente, a cultura esportiva é um exemplo de como os interesses do capital globalizado podem vir a determinar mudanças nas práticas sociais, com vistas a torna-las mercadorias ou veículos de comercialização. Neste sentido, a participação dos meios de comunicação de massa é fundamental, por sua abrangência, hoje mundial em vista das transmissões via satélite, assim como por sua capacidade de influir decisivamente na homogeneização das culturas. Diante disso, coloca-se o profissional de Educação Física que tem o esporte como um dos seus objetos de estudo e corno principal conteúdo de sua intervenção prática. Quais seus compromissos político-pedagógicos frente a este fenómeno? Que competências lhe devem ser garantidas na formação acadêmica para que ele possa se inserir e possibilitar inserção crítica de seus alunos na cultura esportiva? Estes são alguns questionamentos que se pretende apresentar, na perspectiva de pontuar tópicos para uma reflexão sobre a formação do profissional competente para estes novos tempos que vivemos.

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