Grupo Interinstitucional de Exercício e Pesquisa Voltado Aos Pacientes Hiv/aids: Programa de Exercícios Físicos nos Parâmetros Cardiorrespiratório, Muscular, Imunológico e Virológico de Indivíduos Hiv Positivos
Por Alexandre Ramos Lazzarotto (Autor), Adroaldo Cezar Araujo Gaya (Autor), Andrea Sebben Kramer (Autor), Bibiana Sgorla de Almeida (Autor), Giovani Cunha (Autor), Juliane da Silva Rossato (Autor), Luís Fernando Deresz (Autor), Martha Hädrich (Autor), Alvaro Oliveira (Autor), Greice Oliveira (Autor), Eduardo Sprinz (Autor), Paulo Ivo Homem de Bittencourt Junior (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A partir da cronicidade da AIDS, o exercício físico tem sido estudado como uma
possibilidade terapêutica para a melhoria da qualidade de vida de indivíduos HIV
positivos. Sendo assim, avaliou-se um programa de exercícios aeróbios e resistência
muscular localizada nos parâmetros cardiorrespiratório, muscular, imunológico e
virológico de 4 homens HIV positivos, com idades entre 42 e 43 anos, clinicamente
estáveis e sedentários ou insuficientemente ativos. O delineamento caracterizou-se
como pré-experimental (CEP/FEPPS:03/2005), sendo que as coletas de sangue de
8mL em EDTA, com análise por citometria de fluxo e bDNA, foram realizadas
mensalmente antes do Protocolo de Rampa em cicloergômetro, teste de 15 repetições
máximas para 5 exercícios e número máximo de abdominais em 1 minuto. O
programa foi desenvolvido durante 3 meses numa freqüência de 3 sessões semanais
(36 sessões). No VO2máx. e na carga máxima de trabalho no cicloergômetro, o
participante 1 aumentou de 30-31,7mL/kg/min (+5,7%) e de 125-175watts (+40%).
O participante 2 diminuiu de 36,9-35,6mL/kg/min (-3,5%) e aumentou de 175-
200 watts (+14,3%), enquanto que o 3 diminuiu de 25,4-23,8 mL/kg/min (-6,3%)
e aumentou de 125-150watts (+20%), e o 4 diminuiu de 33,5-32,5 mL/kg/min (-
3,0%), mantendo os 175watts. Todos aumentaram o número de repetições no
abdominal: 1 (38-60:+57,9%), 2 (50-69:+38%), 3 (40-51:+27,5%) e 4 (40-
67:+67,5%). No supino; os participantes 1 e 2 aumentaram 150% (20-50kg), o 3
aumentou 100% (20-40kg) e o 4 aumentou 300% (10-40kg). Na roldana alta, o
participante 1 (15-40kg: +166,7%), o 2 (10-35kg:+250%), o 3 (10-30kg:+200%) e o
4 (20-35kg:+75%). Na pressão de pernas, os participantes 1 e 2 aumentaram 100%
(30-60kg e 40-80kg), o 3 aumentou 50% (40-60kg) e o 4, 75% (40-70kg). Na rosca
bíceps, os participantes 1, 3 e 4 aumentaram 75% (4-7kg) e o 2 aumentou 100% (4-
8kg). Na rosca tríceps, os participantes 1, 2 e 4 aumentaram 150% (10-25kg) e o 3,
100% (10-20kg). Considerando TCD4+, 3 participantes aumentaram e 1 diminuiu
a contagem de células: participante 1 (265-357 células/mm3: +34,72%), 2 (307-700
células/mm3:+128%), 3 (614-655 células/mm3:+6,68%) e 4 (350-255 células/
mm3:-27,14%). Na carga viral, o participante 1 diminuiu de 10.711 para 6.326 cópias/
mL (-40,94%), enquanto que os demais mantiveram o número de cópias abaixo de
50 cópias/mL. A associação dos componentes aeróbio e resistência muscular
localizada foi efetiva nos parâmetros estudados.