Guardiões da Chama Olímpica Rio 2016: Legado Social-cultural e Memórias Como Patrimônio dos Jogos Olímpicos

Por Gabrielle Silveira Vieira (Autor), Tiago Machado da Costa (Autor), Rafaela Schwengber Quevedo (Autor), Fabiana Lírio Weber (Autor), Laura Letti (Autor), Laura Matte Doering (Autor),

Parte de Anais do Fórum de Estudos Olímpicos 2021 e III Simpósio Latino-americano Pierre de Coubertin . páginas 117

Resumo

E sta pesquisa tem como objetivo analisar as memórias dos Guardiões da Chama Olímpica Rio 2016 enquanto patrimônio imaterial e legado social-cultural dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O Revezamento da Chama Olímpica nos Jogos Olímpicos Rio 2016 percorreu, em três meses, cerca de 300 municípios brasileiros. Desde a chegada em solo brasileiro até a Cerimônia de Abertura, a Chama Olímpica esteve “protegida” por “guardiões”. Entretanto, até os dias de hoje, os “guardiões” ainda se encontram “invisíveis” à luz da história. Nesse sentido, questiona-se: qual o impacto do evento nesses personagens? Quais as habilidades, conhecimentos e rede adquiridos com essa experiência? Estes são questionamentos iniciais que poderiam trazer uma outra perspectiva sobre o legado e o patrimônio do Rio 2016. Preuss (2006) cita ganhos de conhecimentos e habilidades adquiridas pela população empregada ou voluntária associada ao evento como aspectos intangíveis do legado. Já Bromberger (2021) lembra que o patrimônio esportivo (imaterial) inclui depoimentos orais, conhecimento e know how, transmitidos em um evento; um conjunto de práticas não documentadas que devemos coletar e registrar. Baseado na perspectiva da História Oral (ABRAMS, 2010), pretende-se realizar entrevistas semiestruturadas com os mencionados personagens. Até o momento foram identificados seis dos sete guardiões dos Jogos Rio 2016. As entrevistas serão realizadas online (áudio e vídeo) após a assinatura do Termo de Consentimento já aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da PUCRS. Após a realização das entrevistas, elas serão transcritas para posterior análise. A análise seguirá o método hermenêutico (GADAMER, 2004). Esta pesquisa está em andamento e está na etapa de agendamentos e pré-entrevistas. Até o momento, a revisão de literatura indica uma lacuna de pesquisas sobre o legado intangível do Rio 2016, especialmente estudos sociais-culturais de longo prazo. Nesse sentido, identificou-se poucas iniciativas no campo da memória e cultura (HOLLANDA E FONSECA,2020; MAGALHÃES FIRMINO, 2017; FONSECA E SIQUEIRA, 2017; CALABRE et al, 2017; CALABRE, CABRAL E SIQUEIRA, 2017; RUBIO, 2015; RUBIO, 2019), porém limitadas na pluralidade de vozes (não oficiais) e personagens (não atletas) relacionados aos Jogos Rio 2016. Além disso, uma análise documental do acervo digital da iniciativa “Preservação da Memória das Olimpíadas: processos e ações” foi realizada, entretanto não há nenhuma menção aos “guardiões”.