Resumo

O impacto dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 na mídia começou a ser medido muito antes da cerimônia de abertura, no Maracanã, e vai seguir por muitos outros anos pela frente. Há mais de uma década o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) trabalha para ampliar a divulgação do esporte adaptado e o conhecimento sobre modalidades e atletas. Nesse período, vimos de perto o encantamento dos profissionais de imprensa que nunca tinham presenciado competições paralímpicas, mas também tivemos muitas vezes que lidar com estereótipos, interpretações equivocadas e preconceito.

Os atletas paralímpicos são capazes de feitos extraordinários e a deficiência deles é apenas uma característica entre as várias que definem um ser humano. Nem a mais importante nem a menos importante. São atletas de alto rendimento e a grande maioria daqueles que disputam os Jogos Paralímpicos vive do esporte e para o esporte. Eles representam um Brasil que dá certo e que nos enche de orgulho.

Entendemos ao longo dos anos, porém, que a realidade de quem lida com os atletas no seu dia a dia – como nós, no CPB – ainda é distante daquela de milhões de brasileiros que, por uma série de restrições da nossa sociedade, raramente convivem com pessoas com deficiência. Nesse aspecto, os Jogos Paralímpicos sendo disputados pela primeira vez no Brasil e na América Latina têm um enorme poder de mudar a percepção da população em relação às pessoas com deficiência.

O trabalho da mídia é fundamental para que isso aconteça. Por esse motivo, vimos com muita satisfação o projeto da Universidade de Kent em parceria com a Universidade Federal do Paraná para a elaboração deste guia. O CPB imediatamente abra- çou a ideia e espera que essa publicação possa auxiliar os profissionais de imprensa, sobretudo aqueles que terão seu primeiro contato com o esporte paralímpico.

Garanto que não faltarão grandes histórias e grandes momentos para serem retratados.

Boa leitura e bom trabalho a todos.

Andrew Parsons

Presidente Brasilenio del Comite Paralimpio

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