Resumo

Objetivo:
Avaliar a relação entre o condicionamento físico, através da produção máxima de potência, e as variáveis relacionadas ao estresse oxidativo.

Métodos e resultados:
Este estudo respeitou as normas estabelecidas pelo CNS (Resolução 196/96) e foi aprovado pelo COEP/UFMG (Parecer nº 252/09).Participaram deste estudo nove homens fisicamente ativos (idade: 26,89 ± 1,32 anos, massa corporal: 72,14 ± 3,12 kg; estatura: 178,83 ± 2 cm; gordura corporal: 10,58 ± 1,16%; FCmáx: 176,33 ± 3,41 bpm; Pmáx: 241,11 ± 9,49 W). Os voluntários realizaram um teste progressivo em cicloergômetro para determinação da potência máxima. Em uma segunda visita ao laboratório (entre 8 e 15 dias após a primeira), foi coletada uma amostra de sangue dos voluntários. Foram feitas as medidas de espécie reativa de oxigênio (ERO), em um ensaio dependente de luminol, capacidade antioxidante do plasma, através do ensaio com sal tatrazólico (MTT) e da concentração de malondialdeído (MDA), como indicador de peroxidação de lipídica, através de um kit de TBARS. Para a verificação da associação entre variáveis, foi utilizada a correlação de Pearson. Os dados estão apresentados como média ± epm. O nível de significância adotado foi α=5%. A potência máxima produzida correlacionou-se de forma significativa e positiva com a capacidade antioxidante do plasma (r=0,79; p=0,01) e de forma negativa com a com a concentração de MDA (r=-0,67; p=0,04). A correlação entre potência máxima e ERO não foi significativa (r=-0,08; p=0,82).

Conclusão:
O condicionamento físico parece ter influenciado a produção de agentes antioxidantes, o que resultou em redução do estresse oxidativo.