Resumo

INTRODUÇÃO: A prática de corrida de rua vem crescendo em todo o mundo. As provas de longa distância exigem muito do corredor e nelas surgem situações de estresse que interferem no bem-estar e desempenho, que precisam ser enfrentadas da melhor forma possível através das habilidades de coping. OBJETIVO: Verificar a tendência dos fatores estressores influenciarem as habilidades de coping dos corredores de longa distância. MÉTODO: Um questionário sociodemográfico e o Athletics Coping Skills Inventory (ACSI-25BR) foram respondidos por 277 corredores (149 masculinos e 76 femininos) com idade média de 42,04 ± 9,6 anos. A aplicação dos questionários foi realizada durante treinos e eventos de corrida. A análise dos dados foi realizada através da estatística descritiva, análise fatorial, teste “t” de Student para amostras independentes, Anova One Way e análise de regressão logística binária. Foram considerados estatisticamente significativos valores de p≤0,05. RESULTADOS: A partir da análise fatorial, os 28 itens do ACSI-25BR foram organizados em 8 fatores. As habilidades de coping com escores mais altos foram: Motivação (2,21±0,54), Confiança (2,18±0,52) e Lidar com Adversidades (2,04±0,61). A comparação das habilidades de coping em relação ao sexo apresentou diferença significativa no fator Desempenho sob Pressão (p=0,000) em homens. Em relação à idade e tempo de treinamento nas habilidades: Confiança (p=0,019) e Lidar com Adversidades (p=0,008). Os fatores estressores externos foram os mais relatados. Não foi verificada a tendência de os fatores estressores influenciarem as habilidades de coping. CONCLUSÃO: Os fatores estressores não são determinantes para influenciar as habilidades de coping.

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