Resumo

Descrever os hábitos alimentar e intestinal, estado nutricional, atividade física e imagem corporal de adolescentes e verificar o efeito de um programa de educação nutricional. Método: Estudo descritivo, prospectivo com intervenção, numa escola pública, no município de Campina, SP, no período compreendido entre outubro de 2007 e novembro de 2008. As variáveis estudadas foram: hábito alimentar (por meio do uso de um questionário de frequência de consumo de alimentos, tipos de refeições e locais da alimentação); estado nutricional (segundo o índice de massa corporal por idade); imagem corporal (com pergunta objetiva da impressão quanto ao peso relatado pelo adolescente); hábito intestinal (baseado no critério de Roma III, por meio da frequência da evacuação, sintomas da evacuação, constipação intestinal e consistência das fezes); atividade física (por meio do International physical activity questionary, IPAQ); programa de educação nutricional (com orientação nutricional individual e em grupo). Resultados: Participaram do estudo 126 adolescentes, na faixa etária de 12,5 a 18,8 anos (média de 15 +1,5 anos), 64 (50,8%) meninas e 62 (49,2%) meninos, com predomínio da classe social C 26/54 (48,8%), seguido pela B 23/54 (42,6%) e D 3/54 (5,6%). Os seguintes alimentos configuraram hábito alimentar desse grupo: arroz em 120 adolescentes (95,2%), pão francês em 76 (60,3%), feijão em 104 (82,5%), frutas em 76 (60,3%), doces e balas em 73 (57,9%), achocolatados em 67 (53,2%), leite integral em 73 (57,9%), suco em 77 (61,1%) e refrigerante em 64 (50,8%). As carnes foram definidas como hábito em fontes variadas (frango, peixe, carne bovina, suína, salsicha ou ovo) em 62,7% adolescentes. A maioria deles fazia três refeições (desjejum, almoço e jantar) ao dia 73/126 (57,9%), o local dominante da refeição foi à própria casa em 117 adolescentes (92,5%). Doze (9,5%) apresentaram constipação intestinal. Noventa e quatro (74,6%) eram eutróficos, 29 (23%) obesos ou sobrepeso e 3 (2,3%) desnutridos. Nove (7,1%) eram sedentários. A impressão de peso relatada pelos adolescentes foram: adequadas em 73/126 (57,9%), 39 (31%) elevadas e 14 (11%) baixas. O estado nutricional e a imagem corporal não apresentaram concordância, segundo o teste estatístico de Kappa, necessitando assim uma intervenção multiprofissional. O programa de educação nutricional em grupo apresentou aumento significativo do conhecimento sobre nutrição dos adolescentes. Conclusão: A maioria dos adolescentes era eutrófica, com hábitos saudáveis (alimentar, intestinal e atividade física), porém com distorção da imagem corporal. O programa de nutrição contribuiu para o aumento do conhecimento de nutrição e envolvimento multi e interdisciplinar 

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