Resumo

O presente estudo pretendeu caracterizar e comparar três grupos de idosos
do sexo masculino no que concerne aos hábitos de ingestão nutricional. A
amostra foi constituída por 47 indivíduos, divididos em grupo dos activos
[GA] (n=17), grupo dos lares [GL] (n=15) e grupo do campo [GC] (n=15),
com idades compreendidas entre os 65 e os 86 anos, sem qualquer tipo de
patologia que interferisse com a sua capacidade funcional e mental. Foram
incluídos no grupo dos lares os indivíduos que residiam na Instituição há
pelo menos um ano e não exerciam qualquer tipo de actividade física
planeada; no grupo do campo, os sujeitos deveriam residir em zonas rurais
cuja principal actividade fosse a agricultura; no grupo de activos, os
indivíduos deveriam viver em zonas urbanas e praticarem uma actividade
f í s i c a or i ent ada . A inge s t ão nu t r i c iona l foi e fe c t u ada com ba s e na
administração de um questionário semiquantitativo de frequência alimentar,
cuja conversão para nutrientes foi realizada no programa informático Food
Processor Plus. De um modo geral, o aporte nutricional está acima das
recomendações internacionais para idosos, sendo que a biotina e o
molibdénio ficam aquém das mesmas recomendações nos três grupos
estudados. Na base desta sobrenutrição estão razões de natureza sóciocultural e ambiental que motivam o elevado aporte calórico total, induzido
pelos consumos excessivos de proteínas (todos os grupos), glícidos (grupo
dos lares e grupo dos activos) e lípidos (grupo do campo). Este perfil de
ingestão nutricional pode determinar riscos de algumas patologias que
poderão ser atenuadas pela taxa de actividade dos grupos mais activos.

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