Hábitos de Ingestão Nutricional de Idosos Portugueses do Sexo Masculino com Diferentes Tipos de Actividade Física
Por Domingos José Lopes da Silva (Autor), José Augusto Rodrigues dos Santos (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O presente estudo pretendeu caracterizar e comparar três grupos de idosos
do sexo masculino no que concerne aos hábitos de ingestão nutricional. A
amostra foi constituída por 47 indivíduos, divididos em grupo dos activos
[GA] (n=17), grupo dos lares [GL] (n=15) e grupo do campo [GC] (n=15),
com idades compreendidas entre os 65 e os 86 anos, sem qualquer tipo de
patologia que interferisse com a sua capacidade funcional e mental. Foram
incluídos no grupo dos lares os indivíduos que residiam na Instituição há
pelo menos um ano e não exerciam qualquer tipo de actividade física
planeada; no grupo do campo, os sujeitos deveriam residir em zonas rurais
cuja principal actividade fosse a agricultura; no grupo de activos, os
indivíduos deveriam viver em zonas urbanas e praticarem uma actividade
f í s i c a or i ent ada . A inge s t ão nu t r i c iona l foi e fe c t u ada com ba s e na
administração de um questionário semiquantitativo de frequência alimentar,
cuja conversão para nutrientes foi realizada no programa informático Food
Processor Plus. De um modo geral, o aporte nutricional está acima das
recomendações internacionais para idosos, sendo que a biotina e o
molibdénio ficam aquém das mesmas recomendações nos três grupos
estudados. Na base desta sobrenutrição estão razões de natureza sóciocultural e ambiental que motivam o elevado aporte calórico total, induzido
pelos consumos excessivos de proteínas (todos os grupos), glícidos (grupo
dos lares e grupo dos activos) e lípidos (grupo do campo). Este perfil de
ingestão nutricional pode determinar riscos de algumas patologias que
poderão ser atenuadas pela taxa de actividade dos grupos mais activos.