Resumo

Conforme evidências da literatura e pesquisas em aprendizagem neural, a função de processamento mental, do ser humano pode ter, uma significativa preferência de processamento que o torna hemisféricito direito (HD), bi-hemisféricito (BH) ou hemisféricito esquerdo (HE). Várias pesquisas têm revelado algumas tendências associadas a tal preferência em crianças, adolescentes e idosos, quase sempre marcando evidências de que em muitas situações, a mesma pode ser mais benéfica, alinhada à especificidade do hemisfério processador. Devido a importância que esta relação logicamente tem, em termos da aprendizagem e desenvolvimento humano, no presente estudo a mesma foi explorada em referência a hemisfericidade direita, tendo como perspectiva a verificação de se, em tarefas pressupostamente associadas à essa hemisfericidade, tal pressuposto se confirmaria e, ainda, se procederia em relação ao fator gênero. A amostra foi composta por 30 indivíduos, sendo 15 para cada gênero, previamente definidos em termos do tipo hemisférico, que vieram a configurar um grupo para cada tipo hemisférico. Cada grupo contendo 10 indivíduos, conservando-se um equilíbrio em termos de gênero nos três grupos. As tarefas demandavam o acompanhamento de um estímulo em direção a um alvo e caracterizavam-se por uma crescente complexidade espacial temporal em termos de realização. Os resultados analisados através de estatística inferencial deram suporte à hipótese substantiva, indicando que o grupo HD foi significativamente superior ao grupo HE (p< 0,05) e, ainda quantitativamente superior ao BH, mas não em termos estatísticos. O grupo HD masculino foi, também, superior a todos os grupos femininos, em todas as tarefas (p < 0.05), sendo que o grupo HD feminino, se equivaleu, em todas as tarefas, ao grupo HE masculino e estatisticamente superior aos outros grupos femininos (p< 0.05). Estes resultados, discutidos em termos de relações metodológicas, sugeriram a necessidade de se formular conteúdos de ensino que atendam a especificidade de processamento mental do aprendiz, sendo, o fenômeno da hemisfericidade, um fator que deve ser considerado em toda e qualquer proposta de ensino e performance motora.

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