Resumo
O presente estudo analisa questões de interesse sanitário, num período em que novas concepções no campo da saúde pública eram desenvolvidas em São Paulo, tomando os parques infantis, entre 1935 e 1938, como estudo de caso. A hipótese norteadora desse estudo é que, dentro do contexto da saúde pública no Brasil, emergente na década de 1930, espaços públicos, tais como os parques infantis, tornaram-se um cenário para ações de prevenção de doenças e de promoção da saúde. Nesse sentido, três projetos diferentes puderam ser identificados à base do estabelecimento dos parques infantis de São Paulo: um como foco cultural e identitário, formulado pelo grupo ligado a Paulo Duarte e Mário de Andrade, um segundo com interesse eminente sanitário, correspondente aos ideias da chamada Reforma Paula Souza , e um terceiro, formulado pelo diretor da Divisão de Educação e Recreios, Nicanor Miranda, baseado num novo conceito, ampliado, da educação física.