Hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus frente a pandemia de covid-19

Por Jussara Almeida de Oliveira Baggio (Autor), Daniela Bassi-Dibai (Autor).

Parte de Atividade física, exercício e esporte no contexto da pandemia decorrente da Covid-19: reflexões, prognósticos acerca da prática em diferentes contextos de saúde e desempenho humano . páginas 108 - 117

Resumo

A pandemia da COVID-19, a qual é causada pelo vírus SARS-CoV-2, começou na China em novembro de 2019(CHEN et al., 2020). A doença é transmitida por secreções respiratórias e os sintomas são febre, mal-estar, tosse seca, dispneia, mialgia, náusea, diarreia, hiposmia, disgeusia, letargia e fraqueza muscular (CHAN, 2020) com achados de imagem de opacidades em vidro fosco em tomografia de tórax (GUAN et al., 2020). Os indivíduos acometidos pela COVID-19 apresentam o sistema respiratório como o primeiro alvo, desenvolvendo pneumonia e evoluindo para insuficiência respiratória hipóxica grave (LAZZERI et al., 2020). Assim, a função pulmonar dos pacientes sobreviventes pode diminuir significativamente nos estágios iniciais após o desmame ventilatório, devido ao enorme dano alveolar (ZHU et al., 2020). Todavia, não se sabe o tempo exato que esses prejuízos na função pulmonar e possivelmente na força muscular respiratória desses indivíduos perdurarão. Adicionalmente a isso, a fraqueza muscular periférica e o nível sérico elevado de creatina quinase (CK) ocorreram em mais de 30% dos indivíduos diagnosticados com alguma síndrome respiratória aguda causada por COVID-19 (STAINSBY; HOWITT; PORR, 2011). Nesse contexto, ainda pouco se sabe sobre os potenciais prejuízos clínicos e funcionais que podem perdurar após a COVID-19 devido a esses sintomas supracitados, os quais podem afetar diretamente a capacidade funcional desses indivíduos.

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