Hipertensão em Estudantes da Rede Pública de Vitória/es: Influência do Sobrepeso e Obesidade
Por Mario Eugénio Tchamo (Autor), Marcos André Moura dos Santos (Autor), Marcelus Brito de Almeida (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 22, n 1, 2016.
Resumo
Introdução: O peso ao nascer tem sido considerado um marcador importante da transição nutricional nos países em desenvolvimento. Objetivo: Avaliar a influência do peso ao nascimento na composição corporal e aptidão física de homens jovens nascidos em Maputo, Moçambique. Métodos: Cento e setenta e nove estudantes (com idades entre 19 a 22 anos) foram divididos em quatro grupos (baixo peso ao nascer < 2.500 g, BPN, n = 49; peso insuficiente ao nascer ≥ 2.500 g e < 3.000 g, PIN, n = 27; peso normal ao nascer ≥ 3.000 g e < 3.999 g, PNN, n = 74; e peso elevado ao nascer > 3.999 g, PEN, n = 31). Foram avaliadas a antropometria e a composição corporal. A aptidão física foi avaliada por testes de força de preensão manual, resistência muscular, flexibilidade, agilidade e velocidade de corrida. Resultados: PIN mostrou menores valores de massa corporal e massa livre de gordura, enquanto BPN e PEN apresentaram altos valores de circunferência do quadril, supra-ilíaca, subescapular e dobra cutânea abdominal quando comparados com PNN. BPN e PEN mostraram um alto percentual de indivíduos com baixo desempenho em termos de flexibilidade, preensão palmar direita, agilidade, resistência abdominal, força de braço, e salto em distância horizontal. Cerca de 70% dos PEN apresentaram baixo desempenho no teste de velocidade de corrida.
Conclusão:
Ambos baixo e alto peso ao nascer podem influenciar a adiposidade no adulto e o desempenho em testes de aptidão física.