Resumo

Entenda O adestramento é a única modalidade do hipismo que foi adaptada para deficientes físicos e visuais e está presente nas paralimpíadas. A responsável pelas regras e organização deste paradesporto é a Fédération Equestre Internationale (FEI). O objetivo do paratleta é realizar uma sequência determinada de figuras na pista (reprise), seguindo o direcionamento das letras presentes nas laterais desta. É preciso que o competidor tenha memorizado a sua rotina e consiga dominar o seu cavalo que deverá estar calmo e confiante durante toda a prova. Os movimentos possíveis são: trote, galope e passo. Cabe aos árbitros avaliarem a postura e a obediência do animal, bem como a realização adequada das reprises.

Para participar do hipismo paralímpico o indivíduo deve ter uma condição clínica diagnosticada por médico (ex: distrofia muscular) ou perda de mais de 15% da potência ou coordenação em membros ou tronco. A classificação é feita por meio de uma análise funcional, na qual são observadas a coordenação, a força e a mobilidade do competidor. Em seguida ele é incluído em uma das cinco classes existentes: Ia, Ib, II, III ou IV. As deficiências não precisam ser as mesmas em uma dada classe. O que é necessário é que a aptidão para a prática seja similar entre os concorrentes de um mesmo grupo: os paratletas do grupo Ia são os mais comprometidos e assim, sucessivamente, passando pela classe III, a qual é a última formada predominantemente por cadeirantes, até chegar à classe menos comprometida, a IV, constituída por atletas com deficiência em um ou mais membros ou déficit da visão.

As competições, sempre mistas, podem ser individuais, em duplas ou em equipes de três a quatro atletas – neste caso é preciso que haja um paratleta, pelo menos, de classe I ou II. As pistas diferem-se das da modalidade olímpica por possuírem um piso (de areia) mais compactado, para maior segurança; apresentarem uma rampa de acesso para os competidores; e terem letras maiores que facilitem a visibilidade. Para as classes I, II e III o tamanho da pista é de 20 m x 40 m, já para a classe IV, é de 20 m x 60 m. Em relação às roupas, os concorrentes devem usar jaquetas, luvas, culotes, botas e capacete. São permitidas também algumas adaptações na modalidade, dependendo da condição do praticante. Por exemplo: uso de rédeas com alça ou velcro entre a barrigueira e o estribo do cavalo. Ainda, para os deficientes visuais há a presença de um chamador que o orienta sobre a localização das letras. Quanto ao cavalo, este deve ser manso, adestrado, esteticamente agradável, sem deformações, castrado e ter uma altura entre 1.40 m e 1.50 m.

O hipismo adaptado serve para uma melhora na qualidade de vida do praticante, principalmente, porque gera uma sensação de bem estar causada pelo próprio contato com o cavalo, sendo considerado até uma forma de terapia. Ainda promove melhorias nas capacidades físicas do paratleta e na sua autoestima.

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