Resumo

~~Procurando responder o que era o esporte no século XIX - dentre as várias manifestações do lúdico e do movimento encontradas em Maranhão, desde os anos 1600 -, encontrou-se o turfe como dos primeiros “sports”  introduzidos naquele final de século, repetindo-se o mesmo movimento de outras cidades brasileiras. 

ABSTRACT
Looking for replying “what was the sport on th XIX century – between several demonstrations of leisure and movement, found in Maranhão since 1600 – the “turfe” was found as one of the first sport introduced into the end of that century, getting repeated the same demonstrations from others brasilians cities.

Integra

~~INTRODUÇÃO
O que era o 'sport' para a sociedade do século passado? partindo dessa questão, MELO (1995) - após observar que a produção historiográfica brasileira não faz muitas referencias às atividades esportivas praticadas no século XIX - verifica que sob essa denominação apareciam as mais variadas práticas. Em seu estudo - refere-se à cidade do Rio de Janeiro -, encontrou nos jornais da época, sob a chamada "sports", notícias sobre touradas (in Jornal do Brasil, 23/09/1891); ou sobre torneios de bilhar (in Jornal do Brasil, 22/05/1891); outras vezes, sobre patinação; umas outras sobre a prática do remo e de regadas (Gazeta de Notícias, 05/09/1875); como também eram tratados genericamente como "esportes", pelos folhetins, a natação e a ginástica; as corridas a pé ocupavam cada vez mais destaques, fundando-se clubes e promovendo-se eventos "sportivos" entre seus associados.
Enfim, diferentes práticas com diferentes características, eram identificadas como "sport", mas sempre e invariavelmente, ligados às diversões, davam seus primeiros passos no denominado "longo século XIX" - como o chamou HOBSBAWN (2000).
Em Maranhão, desde o período colonial já se praticavam algumas formas de atividades físicas. Temos notícias que em 1678, quando da chegada de nosso primeiro Bispo, houveram cavalhadas (VAZ, 1992; 1993).
CÂMARA CASCUDO (1972) registra o termo "cavalhada" referindo-se a desfile a cavalo, corrida de cavaleiros, jogo das canas, jogo de argolinhas, touradas. Essas atividades esportivas eram produtos do feudalismo e da cavalaria - do tardio medievo português -, período em que os jogos cavalheirescos se destacavam entre as manifestações atléticas e esportivas (GRIFI, 1989; VAZ, 1995; 1996) 
Essas manifestações do entusiasmo popular talvez tenham nascido com as atividades recreativa que pipocaram em certos centros, conforme as feições econômicas  das regiões. As cavalhadas, as vaquejadas, e até mesmo as touradas - tão comuns em nossos dias -, assim como os sinais do reacritivismo admissível, tiveram arenas de atração transitória (LYRA FILHO, 1974).
"Além dos encamisados, jogaram, decerto, a cana e a argolinha", informa LOPES (1975). A argolinha é encontrada desde o século XV em Portugal e, de acordo com GRIFI (1989), a corrida "dall'anello" consistia de corrida a cavalo, lançado a galope, durante as quais os cavaleiros deviam enfiar a lança ou a espada em um arco suspenso. Vencia quem conseguia enfiar o maior número de arcos. Originária de antiquíssima justa, desde o século XVI que se corre a argolinha no Brasil.
Já no século XIX (VAZ e VAZ, 1995; 1995b; 1997), é encontrada nas memórias de DUNSHE DE ABRANCHES (1970) algumas atividades físicas praticadas naquele início de século. Esse escritor descreve como eram passados os dias pelas “gentes de bem”, ao relatar um passeio ao sítio de seu avô:
“... as moças e rapazes formavam bandos  gárrulos e irrequietos que, desde a madrugada até o cair da tarde, saíam em excursões pela floresta e pelos sítios vizinhos, voltando carregados de cófos com frutas, cachos de jussaras e de buritis, flores silvestres, emfim, tudo que apanhavam pelos caminhos e atalhos. ... Garcia de Abranches [ - o Censor, pai de Frederico Magno de Abranches e avô de Dunshe de Abranches] tinha a paixão da caça; e , quando imaginava dar uma batida às pacas, pouco se importava do sol e da chuva: não regressava à casa antes de trazer as vítimas visadas ... Atirador emético e adestrado nos jogos atléticos, alto, magro e ágil, [Frederico Magno de Abranches]  trepava como um símio até os galhos mais finos das árvores para apanhar uma fruta cobiçada pelas jovens ali presentes.  Encantava-as também a precisão dos seus tiros ao alvo. E causava-lhes sustos e gritos quando trepava sem peias por um coqueiro acima ou se balançava no tope de uma jussareira para galgar as ramas de uma outra em um salto mortal, confirmando o título que conquistara entre os da terra de campeão da bilharda.”(p. 28).

Os longos passeios pelos arrabaldes permitiam o contato com o ar livre e com a natureza, e se constituíam forma de divertimento salutar, pois reúnem harmoniosamente a solução quanto ao medo de doenças que impedia a vida laboriosa, por um lado, e o medo da crítica que a rígida moral implicava, por outro. Às mulheres, recomendava-se sobretudo os exercícios do corpo que obrigavam a andar ao ar livre, como os passeios a pé ou a cavalo.
Ainda se referindo ao Fidalgote, como era conhecido Frederico Magno de Abranches, seu sobrinho relembra que
“... Os dois namorados [Frederico e Maricota Portinho] tiveram assim, momentos felizes de liberdade e de alegria, fazendo longos passeios pelos bosques, em companhia de Milhama, ou passando horas inteiras a jogar a péla de que o Fidalgote era perfeito campeão ...” (DUNSHE DE ABRANCHES, 1970, p. 31).

O jogo da péla - jeu de paume - consiste em bater a bola com a mão e substituiu os "ludus pilae cum palma" romano. Na França, a bola, nascido no tardo-medievo como instrumento de contenda incruenta, torna-se momento lúdico e agonístico, aberto a todos Em Portugal, no início do século XVIII, foi introduzido o uso francês de jogar com raqueta. Conhecido já no século XII foi jogado melhor no período sucessivo, até dar vida ao atual tênis.
Cabe lembrar que Antônio Francisco Gomes, em 1852, propunha além da ginástica, os exercícios de natação, esgrima, dança, jogo de malha e jogo da pella para ambos os sexos.
Outro escritor maranhense - Aluísio Azevedo -, ao traçar o perfil da mulher maranhense, e sua condição de mulher em uma sociedade escravocrata, pregava mudanças em sua educação (VAZ e VAZ, 2000), sendo necessário dar-lhe uma educação sólida e moderna, uma :
" ... educação positivista, que se baseia nas ciências naturais e tem por alvo a felicidade comum dos povos. É preciso educá-la física e moralmente, prepará-la por meios práticos e científicos para ser boa mãe e uma boa cidadã; torná-la consciente de seus deveres domésticos e sociológicos; predispor-lhe o organismo para a procriação, evitar a diásteses nervosa como fonte de  mil desgraças, dar-lhe uma boa ginástica e uma alimentação conveniente à metiolidade de seus músculos, instruí-la e obrigá-la principalmente a trabalhar... “. (Aluísio AZEVEDO, Crônica, "O Pensador", São Luís, 10.12.1880).

Ainda DUNSHE DE ABRANCHES (1941), em suas memórias, ao falar do Clube dos Mortos, informa que este se  reunia-se no porão da casa dos seus pais e  como não era assoalhado nem revestido de ladrilhos, "os meus paes alli instalaram apparelhos de gymnastica e de força para exercícios physicos" (p. 187).
Em Maranhão, como acontecia nos grandes centros, antes de iniciado o futebol, o tênis, o atletismo, o crickt, (VAZ, 2000; 2000b, 2000c, 2000d, 2000e), outras atividades faziam parte dos divertimentos da mocidade, sendo difundidas a capoeira, o "hipodrismo", a esgrimagem, o bilhar e houve algumas tentativas para a implantação das regatas (MARTINS, 1989).

O "HIPODRISMO"
O "hipodrismo" é identificado por Dejard MARTINS (1989) como um "esporte praticado em recinto fechado, apropriado para corridas a cavalo, conduzidos ou de carros puxados por esse animais" (p. 193). Localiza a origem do termo na Grécia:
"Hipodrismo e Equitação integram a mesma família. No hipodrismo, o cavalo é dirigido para correr; na equitação, quem promove a ação é o animal, que é estimulado pelo condutor para a prática de exercícios programados e coordenados". (MARTINS, 1989, p. 194)

O "hipodrismo" -  turfe - começou em São Luís por iniciativa do inglês Septimus Summer, contando com a adesão de várias figuras representativas da cidade: Franklin Antônio de Abreu, Raimundo Coelho da Cunha Mateus, Joaquim Ribeiro, Manoel Jansen Pereira, Adriano Archer da Silva, e Cândido  César da Silva Rios, que resolveram criar um hipódromo, fundando o "Horses Race's Club" - Clube dos Cavalos de Raça -, advindo daí o "Racing Club Maranhense":

"HORSE RACE'S CLUB
"Alguns criadores de nossa capital teem organizado com o título acima, uma associação para corridas de cavallos, e desejando que esses divertimentos tão cultivados nas capitais civilizadas sejão introdusidos entre nós, convida  aos distinctos cavalheiros e apreciadores a virem completar o numero limitado de socios para assim poderam gozar as garantias que pode oferecer a dita associação.
"As inscripções fazem-se em casa do secretário Praça do Commércio.
"Em tempo competente será publicado o respectivo programma da inauguração.
"O secretário
"Francklin Antônio de Abreu". (DIÁRIO DO MARANHÃO, 9 de agosto de 1881, Terça feira, p. 3, no. 2393).
 
Na edição do dia seguinte - 10 de agosto de 1881, Quarta-feira -, o mesmo anúncio é publicado, porém com o título de "Racing Club Maranhense". Mesmo título do anúncio do dia 13 de agosto de 1881, anunciando a abertura das inscrições para as corridas:

"RACING CLUB MARANHENSE
" Achão-se abertas até o dia 25 do corrente as inscripções para os concorrentes às corridas que terão lugar no dia 4 de setembro vindouro, no Campo d' Ourique desta cidade, as quaes serão feitas da seguinte forma:
"1ª Corrida, onde só tomarão parte os sócios. 1 premio de 100$000  Entrada 10$000; 2ª Dita - 1 premio de 50$000 – gráti  - 1ª Corrida Pública; 1 Premio de 50$000    Entrada 5$000 - 2ª Dita - 1 Premio de 20$000 -        2$000. Os concorrentes que forem sócios deverão se apresentar trajados a Jockey - assim como deverão dar os seus nomes, cores das roupas, com as cores dos cavallos - e os não sócios devem apresentar-se trajados decentemente, dando igualmente os nomes e cores, e de seus cavallos... O club em virtude da grande concorrencia que tem havido, resolveu abrir as inscripções para mais cincoenta sócios, podendo as pessoas que quizerem dirigir-se a casa do secretário à Praça do Commércio... O secretário ... Francklin Antônio de Abreu". (DIÁRIO DO MARANHÃO, Maranhão, Sabbado, 13 de agosto de 1881, p. 2, n. 2397).

Nos dias 30 e 31 de agosto, nesse mesmo periódico, aparece o anúncio do programa para a inauguração:

"RACING CLUB MARANHENSE
"Este club tendo de fazer as suas primeiras corridas, no Campo do Ourique, Domingo próximo, 4 de setembro, vem respeitosamente offerecer ao público e a seus sócios o seguinte
"PROGRAMMA*
"Ao romper do dia de Domingo pelas 5 horas, a banda do 5º Batalhão, graciosamente offerecida pelo seu digno commandante e a philarmonica tratada pelo club, executarão diversas peças de seu repertório, subindo nesta occasião aos ares diversas girandolas de foguetes.
"As 4 horas da tarde estarão de novo postados nos coretos as ditas bandas de música que executarão ainda escolhidas peças até às 5 horas, quando terá lugar a disputa dos premios.
"Sendo conhecidos os vencedores, a comissão julgadores, composta de cavalheiros respeitáveis de nossa sociedade e amantes dessa diversão, entregará aos campeões os premios que de direito lhes pertence.
"A noite continuará os festejos, sendo pelas 10 horas queimados lindos fogos de vistas que finalizasarão os festejos de inauguração do club.
"O club, no intuito de dar incremento à esses divertimentos, tão apreciados  nas principaes capitaes do mundo civilisado tem resolvido dipos uma espécie de Hypodromo, onde haverá lugares para a família dos sócios.
"As pessoas que desejarem Ter acesso à estes lugares poderá fazel-o comprando para esse fim ingresso na mão do bilheteiro à entrada.
"Os encarregados destes festejos pedem desde já desculpas por qualquer motivo a festa não estiver à altura do desiteratum de todos os sócios, pois bem sabem é a primeira vez e deve-se attentar, demais ao popular refrão:
"<Roma não foi feita em um dia>
"Se a idea calar no espirito deste público, apreciador das novidades, de quem depende não só essa como todas as outras ideas progressivas, poderá para o futuro de nossa sociedade occupar um lugar importante nas raras diversões desta capital.
"A censura de uma parte da população não constitue a censura, assim pois, expresso pela acceitação.". (DIÁRIO DO MARANHÃO, Terça-feira, 30 de agosto de 1881, n. 2410)

Localizado no antigo Campo do Ourique (LOPES, 1975), o terreno era espaçoso e apropriado, com o Quartel do 5º Batalhão de Infantaria à sua frente. Foi fundado em 4 de setembro de 1881, com grandes festividades:

"O dia da abertura do hipódromo foi um acontecimento contagiante. Queimaram-se fogos de artifícios, Nesse empreendimento saiu vencedor o cavalo 'Ouro Preto", um animal montado pelo 'jockey' José Antônio Rodrigues, que se identificava pelo vistoso uniforme nas cores rosa e azul (...) o segundo colocado ficou com 'Sinimbu', de cor 'melado cachito', montado pelo 'jockey' Ataliba Soares, que se trajou com uma indumentária rósea.
"'Ouro Preto' era um belíssimo animal, fogoso, veloz, muito bem tratado, orgulho de seu proprietário, o Visconde do Itaqui do Norte, Djalma Moreira, residente nas proximidades do Hipódromo do Racing Club Maranhense. O outro cavalo pertencia a Vitorino José Rodrigues." (MARTINS, 1989, p. 196)  

O Racing Club Maranhense organizou-se em forma de sociedade, sendo deliberado que não teria mais que cem sócios. Desde a corrida inaugural, reunindo os associados, caberia ao vencedor um prêmio substancial, de cem contos de réis.
Os sócios participantes deveriam trajar-se como requeria a um "jockey": na apresentação, o disputante dizia o seu nome, para conhecimento das autoridades e do público presente, exibindo as cores de sua indumentária, bem assim como dava o nome do cavalo que montava. Poderiam, também, participar não-associados, nas chamadas "corridas públicas", sendo que estes não ficavam obrigados a usar os uniformes apropriados, como reclamavam as corridas oficiais, mas não se permitindo aos "jockeys" tomarem parte se não estivessem devidamente trajados. Estavam sujeitos, no mais, às mesmas formalidades de apresentação, para poderem concorrer com seus animais:
No Diário do Maranhão do dia 31 de agosto de 1881, era publicado o

"Regulamento
"Art. 1º - Não se admitirá pessoa alguma (sócio) para os premios de cem, e concoenta mil réis, se não estiver quites, e devem todos  trajar-se de Jockey.
Art. 2º - Os membros que se inscreverem para as corridas, tem que sujeitar-se às seguintes condições:
1º - serão sorteados os pares;
2º - só poderão partir em carreira depois da terceira pancada d'uma sineta;
3º - Aquelle que na corrida tocar no companheiro, que se acha em frente, perderá a partida;
4º - Depois de terem corrido os pares - os cavalheiros que tiverem ganho o premio, irão desempatar;
5º - A commisão julgadora composta de cavalheiros distinctos, escolhidos pelo club, decidirá qual ganhou e todos devem sujeitar-se ao parecer d'elles;
6º - O premio será entregue pela mesma commissão depois das corridas;
7º - Dentro da área de círculo não é admissevel pessoa alguma a não serem os empregados do club, os quaes serão distinguidos por barretes de cores;
8º - Além das cadeiras que serão colocadas para os sócios, terão assentos para familiares, mediante o preço de 500 réis por pessoa; haverá lugares também para 200 réis.
Temos a advertir, que pessoa alguma será admitida tanto sócio como particular sem seus respectivos cartões.
9º - Não é permitido pessoa alguma encostar-se nas cordas que forma o círculo, havendo nesse lugar soldados para esse fim.
10º - O club emprestará fatos a jockeys a aquellas pessoas que não o tiverem.
Maranhão, 31 de agosto de 1881
O secretário
A.". (DIÁRIO DO MARANHÃO, Quarta-feira, 31 de agosto de 1881, n. 2411). 
Depois do inquestionável êxito da inauguração do hipódromo, os organizadores se encorajaram a realizar outras provas, sucedendo-se várias e movimentadas jornadas no Campo d' Ourique, sempre aos domingos:

"RACING CLUB MARANHENSE
"Corrida extraordinária !
"Domingo, 18 do corrente, haverá novas corridas no Campo d'Ourique, desta cidade. As pessoas que se quizerem inscrever como sócios, pagarão cinco mil réis de jóia e mil réis de mensalidade.
"Os sócios já inscriptos só pagarão n' estas corridas mil réis de suas mensalidades, tendo direito a cinco ingressos para sua família, não entrando n' esse número cavalheiro algum, a não ser o chefe da família.
"Haverá cadeiras para famílias a mil réis cada uma.
"Geraes a quinhentos réis
"Bancos de muralha a duzentos réis
"Condições das corridas
"1ª Corrida 1 premio de 100$000, entrada 10$000
"2ª Dita 1 premio de 50$000, entrada 5$000
"Aos vencedores serão offerecidos por uma jovem maranhense dois lindos bouquetes em sinal de apreço e admiração.
"As pessoas que quizerem tomar parte n' estas corridas, poderão se dirigir ao bazar Inglez, onde se achão as inscripções, para das seus nomes, cores das roupas, noves e cor dos cavallos.
"Pede-se aos srs. Sócios o obséquio de mandarem buscar seus cartões em casa do illmo. Sr. Septimus Summer, presidente honorário.
"A directoria pede desculpas as exmas. famílias que tiverão a bondade de comparecer à sua primeira festa, de algumas faltas não previstas que se derão durante as últimas corridas; promettendo-lhes nas próximas as melhores acomodações possíveis, em vista de um melhoramento que vai fazer.
"N.B. O club resolveu dar esta corrida extraordinária em virtude das grandes despezas que fez com a última, ficando depois marcada uma mensalmente.
O club conta com a protecção do respeitável público d' esta capital.
"  Maranhão, 6 de setembro de 1881
"J. R. Lopes Júnior
"Secretário".(DIÁRIO DO MARANHÃO, 06 de setembro de 1881, n. 2416).

Na segunda disputa ocorrida no hipódromo, já se constatavam algumas alterações. Tudo havia sido providenciado por Septimus Summer e o secretário da entidade, José Rodrigues Lopes Júnior: a cidade despertou, uma vez mais, com música e fogos, os interessados fizeram suas inscrições para as disputas até as 12 horas do Sábado, no Bazar Inglês, a ordem das corridas estava rigorosamente perfeita, os "jockeys" foram sorteados em pares, os espectadores estavam alertados que não poderiam atravessar o circo durante as disputas, exceto os membros da comissão, e os criados do hipódromo, estes identificados pelos barretes vermelho.
Na corrida do dia 18 de setembro - a terceira promovida - "Ouro Preto", montado por José Antônio Rodrigues, voltou a triunfar sobre "Sinambú" (DIÁRIO DO MARANHÃO, 15 de setembro de 1881).
Algumas providências foram adotadas, como a de cercar o hipódromo, como meio de despertar maior curiosidade para aqueles que se entusiasmavam com os festivais. Acesso livre, só aos "assinantes", que contribuíam com uma mensalidade de mil réis e garantiam o direito a cinco ingressos. O preço das cadeiras foi aumentado: as que ficavam de frente para o Quartel do 5º Batalhão, passaram a custar um mil réis; os bancos ficavam acessíveis, passando a custar quinhentos réis, enquanto as laterais e os lugares junto ao paredão (onde hoje é o Posto Esso), apenas a duzentos réis.
Com a nova regulamentação, corrigiram-se alguns pontos que estavam causando motivos para dúvidas. Também foi instituído a obrigatoriedade do traje adequado para os "jockeys" de modo geral. Estes, pelo novo regulamento, não poderiam mais tocar no companheiro que estivesse na frente; os pares passaram a ser sorteados, momento antes das largadas, evitando-se assim desairosos comentários; para a largada, todos ficavam alinhados, aguardando uma sineta, que era tocada três vezes, com intervalos: ao terceiro toque, dava-se a partida dos animais; os vitoriosos nos diferentes páreos, submetiam-se a nova competição, até que chegasse ao final do festival e se conhecesse o vitorioso definitivo.
Havia uma comissão julgadora, para acompanhar o desenrolar dos páreos, constituída por cavalheiros da mais ilibada reputação, dispondo essa comissão de poderes amplos, para proclamar ou desclassificar os concorrentes. Essa mesma comissão era encarregada da entrega dos prêmios aos vencedores.
Quanto aos prêmios, passaram a ser pagos em dinheiro, ficando estipulados em cem e cinqüenta mil réis, valores previamente estipulados. Quem quisesse entrar para tomar parte em dois prêmios, pagava dez ou cinco mil réis:
"As corridas de Domingo, 18 principiará às 4 horas da tarde em ponto.
"Os jockeys deverão se apresentar as 3 horas.
"Os bilhetes achão-se à venda em mãos do bilheteiro à porta do circo.
"Só há entrada para os sócios pela rua da paz. Os sócios só terão ingresso apresentando ao porteiro o recibo com seu nome e os ingressos para as cadeiras.
"Maranhão, 17 de setembro de 1881
"J. R. Lopes Júnior
"1º Secretário".(DIÁRIO DO MARANHÃO, 17 de setembro de 1881).

Para MARTINS (1989), junto com os bons acontecimentos vêm, também, muitas vezes, os excessos, os abusos. E as 'disparadas', a cavalo, nas vias públicas, causaram muitas reclamações, com a imprensa condenando esse estado de coisas. Após as provas daquele dia 18 de setembro de 1881 - a terceira que se realizava -, Ataliba Soares e Ferreira Martins desceram a Rua Grande (hoje, Oswaldo Cruz) no sentido do Largo do Carmo em desabada carreira. Como era começo de noite  eles não perceberam que em sentido oposto vinha subindo o bonde. Assim o Diário do Maranhão registrou o acontecido:
"Terminados os páreos, mais ou menos às oito horas da noite, esses 'jockeys' desciam a rua Grande, puxando uma porfia. Em sentido contrário vinha o bonde. Não houve tempo para que os cavaleiros desviassem, evitando o choque. Com o impacto, não só despedaçou-se o bonde, como ficaram os esportistas feridos.
"Levados às pressas nos braços, foram atendidos na Farmácia Centra, de José Tavares & Cia., localizada nas proximidades do acidente. O Ataliba, sem sentidos, tinha a cabeça fraturada em diversas partes e frende ferimento na face direita. A clavícula e uma perna fraturadas. Ficou com o corpo bastante contundido. Martins feriu também a cabeça em muitos lugares.
"O nariz, de um lado, estava rasgado. Ambos foram atendidos pelos Drs. Belfort Roxo e Ribeiro da Cunha". (MARTINS, 1989, p. 198).

Os organizadores conseguiram a inscrição de um maior número de cavalos, para despertar um interesse maior. Além dos consagrados "Ouro Preto" e "Sinimbu", surgiram "Maravilha" e "Faveiro". Assim, na corrida de 13 de novembro de 1881, "Ouro Preto", montado por Joaquim de Araújo Castelo Branco,  manteve a escrita, ganhando dois prêmios.
Devido ao êxito, e à grande afluência do público, e para atender a alguns reclames, foram promovidas algumas alterações nos Estatutos, passando a associação a ser limitada e partilhada entre dez associados, responsáveis por tão arrojado empreendimento.
"RACING CLUB MARANHENSE
"Não tendo este club até hoje obtido resultado sufficiente para cobrir as grandes despesas que tem feito, devido necessariamente a forma por que se acha organizado, convocou-se uma reunião na qual comparecerão alguns sócios, resolvendo estes a cercarem o circo e  alterarem o seu programma pela seguinte forma:
"Fica a cargo de dez sócios toda o bom ou mao resultado d' este club havido e por haver dos outros sócios; fica-lhes garantido o direito de assignantes, mediante a contribuição para cada corrida de 3$000 até 5 pessôas consideradas inteiramente de sua família.
"Para os concorrentes:
"Entrada para as cadeiras em frente ao quartel 1:000
"Entrada para bancos em frente ao quartel: 500
"Entrada sem direito a assento aos lados do circo e junto ao paredão 200
"Haverá um premio de 100$000
Um dito de 50$000
"Nestas condições terá Domingo 13 do corrente a 1ª corrida, principiando como de costume as 4 horas da tarde.
"Serão considerados assignantes aqueles dos sócios que até às 4 horas da tarde de sábbado 12, mandarem receber seus bilhetes no Bazar Inglez.
"As pessoas que quizerem se inscrever-se para a mesma corrida poderão dar seus nomes no mesmo bazar.
"Maranhão, 8 de novembro de 1881
"O Secretário
"J. Lopes". (DIÁRIO DO MARANHÃO, Quarta-feira, 9 de novembro de 1881). 

O Racing Club Maranhense entra em crise. Com a cobrança de ingressos, o público não mais prestigiava as jornadas, como no início. As despesas eram enormes, com as melhorias introduzidas, como a cerca, arquibancadas, prêmios ... Os amantes do hipodrismo acreditavam que os espetáculos deveriam continuar públicos,  o largo não deveria ter sido fechado, forçando o pagamento de ingressos para assistir os páreos.  A Imprensa passa a fazer campanha, provocando a cisão do corpo diretivo do Club, com  a maioria de seus membros defendendo a cobrança de ingressos, com valores diferentes, conforme o privilégio reclamado pelos espectadores, sua colocação na praça desportiva, etc.
No dia 27 de novembro, nova jornada:

"RACING CLUB MARANHENSE
'         GRANDE CORRIDA!
'                         GRANDE DESAFIO!
'                             OURO-PRETO e SINIMBÚ!
"Domingo, 27 do Corrente
"ORDEM DA CORRIDA
"Os Jockeys correrão aos pares, havendo em seguida a corrida dos vencedores para disputar os premios.
"A primeira corrida será feita pelos cavallos - Ouro-Preto - e - Sinimbu -, os quaes em desafio vão decidir uma grande aposta; com direito ao premio de 50$000 da primeira /turma.
"Os cavallos darão sem interrupção duas voltas no circo.
"Seguir-se hão depois as corridas da Segunda e terceira turma, com direito a um premio de 50$000 cada turma, dando os cavallos só uma volta.
"É prohibido aos jockeys atravessarem seus cavallos na frente dos do companheiro sob pena de perderem o direito à corrida.
"Não é permitido aos expectadores encostarem-se às cadeiras da commissão julgadora; nem tão pouco levantarem-se dos seus lugares, para não impedir a vista às famílias.
"Bilhetes a venda de um e outro lado do circo.
"Cadeiras__________________________1$000
"Bancos___________________________    500
"Entrada sem direito à assento_________   200
"Principiarão às 4 horas da tarde.
"Maranhão, 25 de novembro de 1881
"O secretário
"L. Lopes". (DIÁRIO DO MARANHÃO, Sexta-feira, 25 de novembro de 1881) 
   
"Ouro Preto" vence "Sinambu" novamente:

"Corrida - Na de hontem, que foi bastante concorrida, obtiveram os premios os cavallos Ouro-Preto, Maravilha e Faveiro.
"Não houve incidente a lamentar, só pela manhã, quando em ensaio, caiu um moço, que ficou algum tanto maltratado". (DIÁRIO DO MARANHÃO, 28 de novembro de 1881).

Na segunda prova, uma surpresa - "Maravilha" chega na segunda colocação, deixando a terceira para "Sinambu". Tudo estava indo muito bem. Correr a cavalo estava se tornando uma nova mania em São Luís.
A coisa foi-se arrastando, a imprensa defendia a continuação dos festivais, os dirigentes procuravam contornar a situação da falta de recursos. Alguns próceres do Racing Club abandonaram a sociedade, e aqueles que permaneceram foram obrigados a fechar o hipódromo. Assim, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro daquele ano de 1881, o Diário do Maranhão anunciava, nestes termos:

"Racing Club Maranhense
"Vende-se todo o material existente no Campo D'Ourique, pertencente a este Clube, constando grande quantidade de  tábuas de paparaúba, cedro e outras qualidades, caibros, ripas, cabo de cairo e grande porção de estopa fina de 1.5000 a 2.000 metros, toda em bom estado e de boa qualidade.
"Os pretendentes poderão se entender com o Secretário abaixo assinado, que se acha encarregado da venda.". (MARTINS, 1989, p. 206; DIÁRIO DO MARANHÃO, 1º de dezembro de 1881)

Em noticiário do dia 13 de dezembro de 1881, informava-se que todo o material pertencente ao clube - cabos e madeiras - que se achavam no largo do Quartel, foram vendidos em leilão para o Sr. Manoel Júlio da Silvia, pela quantia de 149$500:

"...Conta-nos que esse Sr. e mais 3 sócios vão fundar, no mesmo largo, um Circo Maranhense, onde deverão Ter logar também corridas, jogos de divertimentos, e um chalet para bailes de mascaras, etc.". (DIÁRIO DO MARANHÃO, terça-feira, 13 de dezembro de 1881)

Por essa mesma época, em Pericumã, na fazenda Santana, de propriedade do Tenente Coronel Joaquim de Souza, foi organizada uma competição, obedecendo as mesmas regras da capital, sendo corridos dois páreos. Toda a comunidade do lugarejo esteve presente, inclusive pessoas das fazendas vizinhas:

"Corrida em Pericumã - Houve em Pericumã, na fazenda <S. Anna>, do Sr. tenente-coronel Souza, como noticiamos, uma corrida de cavallos.
"Ganhou o primeiro premio o cavallo 'Guaracy', pertencente ao Sr. José da Costa Rodrigues". (DIÁRIO DO MARANHÃO, terça-feira, 13 de dezembro de 1881)

No ano de 1893, ao lado da Estrada João Paulo - Anil, é instalado o "Prado Maranhense". Doze anos haviam se passado, e voltava-se a desenvolver novamente o turfe em Maranhão. Localizado em um grande sítio onde haveria de ser construído o Quartel do 24º BC.  A área pertencera a Virgílio Cantanhede.
O ato não contou com a presença de grande público, pois a população estava desconfiada, dado ao fracasso do "Racing Club Maranhense", além do que, havia a deficiência do transporte, feito por meio de bonde puxado a burro, até aquele longínquo bairro.
Embora a praça de esportes estivesse incompleta, o público que compareceu gostou do espetáculo. Haviam sido instalados dois pavilhões, destinados à diretoria e aos juizes, com arquibancadas para os espectadores. Nos baixos de um deles, havia um botequim e a casa de apostas. A raia tinha a forma mais ou menos oval.
Os dirigentes prometiam melhorar a pista de corrida, tornando-a plana, na medida do possível, eliminando as subidas e descidas, o que era inconveniente para as corridas. Além do que, a raia era arenosa, o que dificultava a própria corrida dos animais.
O "Prado Maranhense" não estava dotado dos mesmos requisitos do "Racing Club Maranhense", mas os cavalos eram bons e a disposição dos dirigentes era a melhor possível. Havia a esperança de que o novo empreendimento lograsse êxito absoluto e fosse permanente, pois havia um constante intercâmbio com o Pará, onde o turfe havia se desenvolvido, com o "Jockey Club Paraense", e os "sportmen" M. Teles - "Americano" - e M. Joaquim - "Adamastor" haviam adquiridos bons cavalos daquele estado (MARTINS, 1989, p. 210).
Assim, a 8 de janeiro, daquele ano de 1893, a inauguração teve seu início as 2 horas da tarde, com cinco páreos: Suburbano, para 850 metros, com prêmios de 150$000, 30$000 e 15$000 para os classificados do primeiro ao terceiro lugares.
Tomaram parte, nessa prova de abertura, os animais "Júpiter", um russo de procedência maranhense, com seu "jockey" trajando uniforme azul e branco, de propriedade de J. Vasconcelos; "Talabarte", cavalo "cardão", também maranhense, também propriedade de J. Vasconcelos, com o "jockey" também vestido de azul e branco. Os outros animais - "Bocacio", "rosilho" maranhense, com seu condutor trajando azul; "Marujo", "Metralha", e "Pensador", todos bons corredores, consagrados com grandes vitórias e pertencentes a J. Braga e J. Mata. O segundo páreo - "Ensaio", na distância de 900 metros - pagou prêmios de 120$000 a 12$000, tendo tomado parte os animais "Zéfiro", "Zig", e "Pacotilha", sendo registrada a participação, também de "Tentador" e "Condor". O terceiro páreo - "28 de Julho" - em homenagem à adesão do à Independência, foi corrido no percurso de 1.600 metros, com prêmios de 300$000 a 30$000, tomando parte "Júpiter" - primeiro colocado -; "Baioneta" - segundo lugar -; e "Danúbio" em terceiro. Esses animais pertenciam a J. Lobão e M. Braga. Participaram, ainda, "Talabarte", "Ventania", e "Mosquito". O quarto páreo - "Velocidade", corrido na distância de 1.000 metros - com prêmios de 140$000 a 14$000, dele participando apenas "Zéfiro", "Zig" e "Pacotilha", com a vitória do primeiro. O quinto e último páreo, denominado "Prado Maranhense", teve a distância de 2.000 metros, pagando prêmios de 3.000$000 a 300$000. Participaram: "Vulcano", "Adamastor", "Americano", "Júpiter", e "Danúbio". Os três primeiros: "Vulcano", "Adamastor", "Americano", eram animais de mais ou menos sangue de "cavalo de raça". Contrariando as expectativas, foi decepcionante. A Casa de Apostas movimentou 760$000, com nada menos de 152 "poules" deixando de ser vendidas, por desinteresse dos apostadores. 
Para MARTINS (1989), "o maranhense parecia satisfeito com a inauguração do "Prado Maranhense". Eram decorridos 12 anos, mas o hipodrismo voltava a ser difundido em terras do Maranhão e na sua capital". A programação, convenientemente organizada, passou a despertar o interesse do maranhense, que comparecia aos domingos, constituindo-se em "um poderoso antídoto contra o 'apleen' que arruinava a existência de uma São Luís triste e abatida":

"... distintos personagens assistiam às corridas porque havia confiabilidade no empreendimento. Homens conhecidos, identificados no seio da coletividade ludovicence como os Drs. Casemiro Dias Pereira Júnior, Antenor Coelho de Sousa, Antônio Cardoso Pereira, Antônio Batista Nogueira, José B. da Costa Rodrigues, Antônio Xavier de Carvalho, Antônio Jovita Vinhais, Manoel da Silva Sardinha, Cláudio Serra de Moraes Rêgo,  Comendador Bento Frazão Raposo, José Viana Vaz, Augusto Olímpio Viveiro de Castro, Manoel José Ribeiro da Cunha, Desembargador Francisco da Cunha Machado, Alfredo Alexandre de J. Ferreira, Acrísio Tavares, todos eles muito cooperaram e participaram nas principais posições das  provas, ocupando as funções de "juízes de chegada", "de saída", "inspetor geral de raia", "juízes de raia", "juízes de arquibancada", "juízes de pesagem", etc." (MARTINS, 1989, p. 212-213).      

Além dos cavalos que participaram nos páreos da inauguração, outros passaram a compor as disputas, como "Nhonhô", de J. Brito; "Alabamba", de J. Elídio; "Netuno", de F. Viana; "Americano", de M. Teles; "Adamastor", de M. Joaquim; "Humaitá", de B. Raposo, "Medalha", "Republicano", "Locomotiva", "Gatuno", "Tupy", "Píndaro", "Manzanares", "Pery", "Manguares", "Miguel", e "Ormon". Mas ... decorridas umas dez programações, foi realizada a última corrida a 28 de maio de 1893 ... era mais uma tentativa frustada nas atividades dessa modalidade.
Até que na década de 1950, Amélio Smith e outros criadores, tentaram promover "práticas hipódricas lá para as bandas do Gangan" (MARTINS, 1989, p. 213). Foram realizadas alguns "pegas" - corridas livres em um estirão preestabelecido - apenas para divertimento. Chegou a ser criada uma associação para difundir a atividade, mas também não foi adiante...


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Jornais
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DIÁRIO DO MARANHÃO, 9 de agosto de 1881, Terça feira, p. 3, no. 2393
DIÁRIO DO MARANHÃO, Maranhão, Sabbado, 13 de agosto de 1881, p. 2, n. 2397
DIÁRIO DO MARANHÃO, 06 de setembro de 1881, n. 2416
DIÁRIO DO MARANHÃO, 15 de setembro de 1881
DIÁRIO DO MARANHÃO, 17 de setembro de 1881
DIÁRIO DO MARANHÃO, Quarta-feira, 9 de novembro de 1881
DIÁRIO DO MARANHÃO, Sexta-feira, 25 de novembro de 1881
DIÁRIO DO MARANHÃO, 28 de novembro de 1881
DIÁRIO DO MARANHÃO, 1º de dezembro de 1881
DIÁRIO DO MARANHÃO, terça-feira, 13 de dezembro de 1881