Hipotensão Pós Exercício Após Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (hiit) com Recuperação Ativa em Normotensos
Por Jhenny Juliane Nogueira Bueke (Autor), Pedro Fábio Rosa Miranda Júnior (Autor), Thaysla Lorena Pereira (Autor), Michely Vieira Andreatta (Autor), Miguel Angelo Alves dos Santos (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: Embora se saiba que o exercício promova hipotensão pós-exercício, a manipulação dos componentes da carga de treino (intensidade, duração, intervalos de descanso, modo de execução, métodos de treinamento) altera a magnitude e duração da resposta hipotensora. OBJETIVO: Analisar o comportamento da pressão arterial durante a recuperação após três sessões de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) com diferentes esforços: recuperação em praticantes normotensos. E como objetivo específico comparar estas respostas entre as diferentes sessões de HIIT. METODOLOGIA: Após a realização de teste cardiopulmonar para determinar o VO2max, e a velocidade no VO2max (VVO2max), quinze voluntários do sexo masculino, ativos (26,13 ± 4,14 anos) realizaram três sessões experimentais de HIIT com intensidade correspondente a VVO2máx com as seguintes relação esforço-recuperação: a) 20 repetições de 15s x 45s – 1:3 ; b) 14 repetições de 30s x 60s – 1:2 ; c) 10 repetições de 60s x 60s – 1:1, com recuperação ativa entre os estímulos (50% da VVO2max) e duração total de cerca de 20 minutos em todos os protocolos. Após cada sessão de HIIT os voluntários permaneceram deitados por trinta minutos num ambiente sem ruído e temperatura entre 20 a 22 °C e umidade relativa do ar cerca de 60%. Durante esse período foi medida a pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) a cada cinco minutos com aparelho automático de pressão arterial (Omron® HEM705CP), com manguito ajustado a circunferência do braço, reservando os cuidados descritos pelas normas dispostas na 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Para verificar diferenças significativas (p< 0,05) entre a PAS e PAD de repouso e as medidas durante a recuperação, assim como a PAS e PAD entre as três sessões de HIIT foi utilizado análise de variância para medida repetida seguida do teste post hoc de Tukey. RESULTADOS: Foi observada redução significativa da PAS de recuperação em relação a PAS de repouso no HIIT 1:3 e 1:2 a partir do décimo minuto, não houve redução significativa da PAS no HIIT 1:1 e nem PAD em nenhuma das três sessões de HIIT em relação aos valores de repouso. Além disso, não foi observada diferença significativa da PAS e PAD entre as três sessões de HIIT (tabela 01). CONCLUSÃO: Foi observada redução significativa da PAS de recuperação em relação a PAS de repouso apenas no HIIT 1:3 e 1:2 a partir do décimo minuto. Não houve redução significativa da PAD e entre os valores de PAS e PAD entre as três sessões de HIIT.