O ouro de tolo dos boleiros da Copa do Mundo
Por Aydano André Motta (Autor).
Resumo
Ao comer um bife patético e supercaro, craques da seleção arranham a própria imagem e ratificam a alienação que marca os jogadores no Brasil
ODS 12, ODS 3 • Publicada em 8 de dezembro de 2022 - 12:02
O projeto para se tornar atleta profissional de futebol começa (cada vez mais) cedo, carrega chance imensa de fracasso – e, com qualquer desfecho, obriga o menino candidato a abrir mão de etapas importantes da vida. Boa parte da infância se vai na preparação precoce e neurótica, que transforma crianças em trabalhadoras, sob olhar obcecado de parentes, amigos e torcedores. Em seguida, o desempenho escolar vira supérfluo, e a educação murcha confinada no desterro das desimportâncias.
Se tudo der muito certo, vai desembocar, anos mais tarde, num surrealista bife de ouro no meio do deserto.