Resumo

A puberdade é caracterizada por rápidas mudanças no sistema esquelético com 80-90% da massa óssea total adquirida no seu final, dependendo da localização do esqueleto. O objetivo deste estudo é esclarecer se a idade óssea pode predizer a densidade mineral óssea total (DMO) e regional e o conteúdo mineral ósseo (CMO) em peri-pubertários do sexo masculino. Materiais e Métodos: Realizou-se um estudo transversal que envolveu 115 peri-pubertários portugueses do sexo masculino (12-16 anos). Foram realizadas radiografias da mão esquerda para avaliar a maturação óssea usando o método Tanner-Whitehouse (TW3). A CMO e DMO, e composição corporal foram avaliadas usando a absorciometria de raios-X de dupla energia. A correlação de Spearman foi usada para avaliar a associação linear entre as variáveis de maturação óssea (ou seja, idade cronológica, idade óssea - TW3, idade óssea carpal-TW3, índice de maturidade e idade no pico de altura) e valores de CMO. A correlação de Pearson foi utilizada para avaliar a associação linear entre variáveis de maturação óssea e a DMO. Resultados: Maior idade cronológica associou-se a maiores valores de CMO/DMO na região lombar (rho = 0.345; p <0.001) e membros superiores (rho = 0.264; p = 0.004). A idade óssea determinada pelo método TW3 foi associada a maiores valores de CMO/DMO na região lombar, membros inferiores e superiores. Os valores de TW3 do carpo e o índice de maturidade apresentaram correlações positivas e estatisticamente significativas com todas as medidas de CMO/DMO. Conclusão: Maior idade óssea está positivamente correlacionada com maior CMO e DMO. A idade óssea também deve ser considerada ao avaliar a maturação e o crescimento em indivíduos peripubertários.

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