Idade relativa em nadadores e paranadadores brasileiros
Por Karla de Jesus (Autor), Geovani Messias da Silva (Autor), Vitória Miranda dos Santos (Autor), Kelly de Jesus (Autor), Alexandre Igor Araripe Medeiros (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 25, 2023.
Resumo
Este estudo teve como objetivo analisar as relações entre eventos competitivos de natação, classificação funcional e idade relativa e detectar se a idade relativa afeta o desempenho em nadadores e paranadadores brasileiros. Os dados foram recuperados de bancos de dados públicos e as datas de nascimento foram classificadas em quatro quartis (Q1 = janeiro-março; Q2 = abril-junho; Q3 = julho-setembro; Q4 = outubro-dezembro). Utilizou-se estatística descritiva, teste Qui-quadrado e ANOVA. Os 50 m livre é a prova competitiva com 2.349 nadadores, seguido de 100 m (n = 1.817) e 200 m livre (n = 905), e 200 m borboleta com 42 nadadores. Os paranadadores estão distribuídos principalmente nas classes funcionais S14, S6 e S5 (n = 140, 87 e 45), e as provas individuais de medley foram menos representadas em SM3, SM9 e SM11 (n = 1 nadador). A maioria das provas de natação (86,36%) e classes funcionais de paranatação (51,43%) são representadas por nadadores e paranadadores nascidos no primeiro e segundo quartis. Associações moderadas entre classificação funcional e idade relativa foram observadas (p < 0,0001, V de Cramer = 0,277). Não foram observados efeitos da idade relativa no desempenho de nadadores e paranadadores (p > 0,05). A grande classe funcional parece estar relacionada com a idade relativa dos grandes paranadadores. A distribuição por quartis mostra a vantagem de ter nascido nos primeiros meses do ano para ser registrado entre os mais talentosos nadadores e paranadadores brasileiros.