Resumo

O esporte olímpico, assim como outros fenômenos humanos, apresenta as marcas de um fenômeno complexo que se configura como social e se perpetua no atleta como o narrador de eventos que colaboram para a formação de um imaginário esportivo. Isso porque na condição de protagonista do espetáculo ele tanto é o herói de seu tempo como o anônimo em um futuro chamado pós-carreira. Colado a esse papel social distancia-se de outras identidades que o fazem cidadão ou um profissional reconhecido em alguma atividade laboral distante do esporte depois de encerrada a fase competitiva. E nessa condição, mobilizado pelas demandas do meio esportivo, o atleta se vê obrigado a desempenhar a função a ele determinado pelas instituições e patrocinadores, reduzindo seu potencial expressivo como pessoa. O objetivo deste texto é refletir sobre a trajetória de uma pesquisa que, no princípio, buscava dados e, ao se deparar com sujeitos, que não eram objetos, tornou-se um método. Para tanto, o texto apresenta a trajetória teórico-epistemológica de um processo que percorre mais de duas décadas e se apresenta vivo e em mutação.

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