Identificação das mulheres na estrutura organizacional da confederação brasileira e nas federações estaduais de rugby
Por Arielly Siqueira de Medeiros (Autor), Leandro Carlos Mazzei (Autor).
Resumo
O século XX foi marcado por algumas ascensões em relação à ocupação de mulheres em espaços públicos e privados, mas a desigualdade ainda é intensa e explícito em algumas situações, organizações e cargos. No caso do Esporte e no Brasil, o espaço da mulher nas estruturas organizacionais foi traçado por poucos movimentos, provocando baixíssima inserção de mulheres nessa área. Assim, este estudo irá aprofundar e dar maior luz sobre este tema de pesquisa extremamente pertinente e emergente, que seria a “Identificação das Mulheres na Estrutura Organizacional da Confederação Brasileira de Rugby e nas Federações Estaduais de Rugby”. O rugby surgiu na Inglaterra no século XIX, e ao longo dos anos, este esporte foi difundido pelo mundo através do Império Britânico. Em 1871 foi criada a Rugby Football Union, que marcou a separação oficial do futebol tradicional. Em sua história, o rugby se caracteriza como esporte viril, majoritariamente praticado por homens, foi somente no final século XX que as mulheres puderam participar desta modalidade no esporte (Ryan, 2008). Especificamente sobre o rugby no Brasil, o seu início é datado ao fim do século XIX em Santa Catarina, inclusive “com a formação de duas equipes femininas: o Barra Rugby Clube e o Desterro Rugby Clube, que já possuíam categorias masculinas” (Chagas, 2007). Mas foi só em 2004 que foi criada a primeira Seleção Brasileira Feminina de Sevens, e em 2018 a primeira seleção juvenil feminina, ambas criadas para a participação em campeonatos específicos. Mesmo que as mulheres tenham lutado e assim ganhado alguns direitos, tal realidade não mudou, e isso se reflete tanto nos âmbitos sociais, como em especial neste estudo, no âmbito esportivo. Logo, a relevância de investigar como a representatividade da participação das mulheres em cargos e em ações é imprescindível.