Resumo

Este estudo teve por objetivo a identificação de diferenças laterais de variáveis dinâmicas de membros inferiores em atletas de futebol de alto nível. Para tanto foram empregados dois métodos de medição, saltos verticais em plataforma dupla de força e a dinamometria isocinética. Foi também objetivo correlacionar os resultados obtidos em cada teste e analisar se o teste isocinético é preditor dos saltos verticais ao identificar diferenças laterais em atletas. Compuseram a amostra 51 jogadores de futebol de campo, categoria profissional. Cada jogador realizou três saltos verticais com contramovimento em plataforma duplade força. O melhor salto foi escolhido para a análise da diferença lateral por meio das variáveis força máxima, potência e impulso. Já o teste isocinético foi realizado em seguida, na mesma data, no modo concêntrico para os extensores de joelho, bilateralmente, nas velocidades angulares de 60, 180 e 300º/s. As variáveis isocinéticas para análise da diferença lateral foram pico de torque e trabalho máximo. Estatítica descritiva, teste de correlação e análise de regressão foram calculados para cada variável dinâmica avaliada. Os jogadores de futebol foram assimétricos pelas variáveis pico de torque 60º/s (11,49 ± 12,39%), Trabalho Máximo 60º/s (10,93 ± 10,79%), impulso (24,82 ±20,22%) e potência (27,63 ± 20,84%). Todas as variáveis tiveram significativa correlação (p,<0,01) na análise da diferença lateral. A maior correlação ocorreu entre Trabalho máximo 300º/s e Força Máxima (constante = 629) e entre Pico de Torque 300º/s e Força Máxima (constante = 625). Na análise de regressão entre variáveis dinâmicas dos saltos verticais e as variáveis dinâmicas isocinéticas, na Identificação das diferenças laterais, os maiores níveis de predição também ocorreram entre Força Máxima e Pico de Torque 300º/s (R²ajustado = 379) e entre Força Máxima e Trabalho Máximo 300º/s (R² ajustado = 383). Esses achados indicam que jogadores de futebol, categoria profissional, possuem diferença lateral dinâmica tanto pelos saltos verticais quanto pelo teste isocinético. As velocidades angulares mais altas da dinamometria isocinética são mais preditoras dos saltos verticais ao investigar assimetria em atletas.

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