Idosos Praticantes de Treinamento Resistido Apresentam Melhor Mobilidade do Que Idosos Fisicamente Ativos Não Praticantes
Por Diego Brum Allendorf (Autor), Pâmela Pissolato Schopf (Autor), Bianca Carneiro Gonçalves (Autor), Vera Elizabeth Closs (Autor), Maria Gabriela Valle Gottlieb (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 24, n 1, 2016. Da página 134 a 144
Resumo
O processo de envelhecimento pode afetar a massa, força muscular e independência funcional. O declínio do tecido musculoesquelético interfere significativamente na capacidade funcional dos idosos. Porém, a prática regular de treinamento resistido (TR) pode postergar minimizar ou até mesmo evitar estes declínios funcionais oriundos do processo de envelhecimento. Este objetivou verificar a associação entre treinamento resistido, força muscular, mobilidade e independência entre idosos que praticam TR e idosos considerados fisicamente ativos pelo Questionário de Atividade Física Internacional (IPAQ), porém sem praticar o TR. Estudo transversal com grupo de comparação, observacional e não probabilístico. A amostra foi composta por 114 idosos divididos em dois grupos: grupo com TR (GTR):43 idosos praticantes de TR; grupo fisicamente ativos (GFA): 71 idosos considerados fisicamente ativos. As variáveis coletadas foram: sociodemográficas, de independência funcional, força e mobilidade. Instrumentos utilizados: teste sentar e levantar, dinamômetro de força, Escore de Lawton, Escala de Katz e TUG test. A amostra foi ajustada para sexo, idade, renda e escolaridade. Encontrou-se diferenças significativas em relação ao sexo, estado civil, renda e escolaridade entre os grupos (p<0,001). O grupo GTR apresentou média menor no tempo de deslocamento no TUG test (6,24±0,86 segundos) em relação ao GFA que apresentou média de 11,24±4,26 segundos (p=0,035). Concluiu-se que idosos praticantes do TR apresentaram significativamente melhor desempenho no TUG test, o que está diretamente relacionado com a prevenção de quedas e fraturas.