Resumo

Ao analisarmos a historiografia recente da Educação Física, tanto no Brasil quanto no exterior, encontraremos diversos autores que trabalham com a crença de que a Igreja Católica seria contrária às atividades físicas e esportivas. Alguns afirmam que há uma falta de afinidade entre a doutrina e as práticas da Igreja Católica e, de modo geral, as atividades corporais. Outros, acreditam que a prática de atividades físicas era considerada um pecado pela Igreja Católica. O objetivo deste trabalho é demonstrar que, quando no campo da educação física se afirma que a Igreja seria contrária ao jogo recreativo e a atividade física, estamos ,diante de um preconceito cujas raízes deveriam ser reconstituídas e analisadas. Acredito que estamos sendo pouco rigorosos nas investigações e repetindo mitos sem ,aprofundamento. Demonstraremos que os esportes modernos, ao emergirem no século XIX, estavam eivados pelos valores da Igreja e pelas regulamentações que ela impunha aos jogos tradicionais. E que os ideais e valores aristocráticos do esporte moderno apresentam uma continuidade com as regulações e valores que a Igreja previa para os jogos tradicionais, desde o início da Idade Média.

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