Resumo
INTRODUÇÃO: A imagem corporal é a representação mental de nossa aparência física; é a maneira como o corpo se apresenta para nós. Os exercícios físicos e a prática de esportes podem ser tanto um fator de proteção, como um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos relacionados à imagem corporal. A maioria das pesquisas abordam esta temática em indivíduos diagnosticados com algum tipo de distúrbio alimentar, transtorno mental ou em praticantes de exercício físico. Contudo, pouco se sabe a respeito dessa abordagem em servidores públicos federais. OBJETIVO: Analisar a autopercepção da imagem corporal de servidores públicos federais e a relação com a prática físico-esportiva. MÉTODO: Os instrumentos para caracterização da amostra e o Questionário Sobre Imagem Corporal (BSQ) foram respondidos por 433 servidores da Universidade Federal de Sergipe. A classificação dos resultados foi feita pelo total de pontos obtidos e refletiu os níveis de preocupação (insatisfações) com a imagem corporal. A análise dos dados foi realizada através de comparação de médias, utilizando o Teste t de Student para amostras independentes. Foram considerados estatisticamente significativos valores de p<0,05. RESULTADOS: O resultado da análise do BSQ mostrou que as mulheres apresentaram escores significativamente mais elevados, obtendo valores médios de distorção maiores quando comparadas aos homens. Servidores que praticavam exercício físico ou esporte apresentaram média de escores mais baixos do que os que não praticavam nenhum tipo de atividade, e que os docentes demonstraram valor percentual de distorção menor que os técnicos administrativos. CONCLUSÃO: A prática de atividades físico-esportivas não caracteriza o principal fator de influência na autopercepção da imagem corporal dos servidores. Docentes adeptos à prática apresentaram uma melhor percepção de sua autoimagem, sendo que as mulheres demonstraram uma leve insatisfação de imagem corporal, enquanto que os homens não apresentaram insatisfação