Imagem corporal e escolhas alimentares de indivíduos fisicamente ativos
Por Laryssa Ferreira Dutra (Autor), Talita da Silva Santos Bubanz (Autor), Edilson Francisco Nascimento (Autor), Danielle Luz Gonçalves Barros (Autor), Carolina de Oliveira Vogado (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Para se ter uma alimentação saudável é importante que haja o consumo adequado de frutas e vegetais e um baixo consumo de alimentos processados. Os níveis de estresse psicológico podem influenciar as escolhas alimentares. Outro aspecto que parece influenciar o comportamento alimentar é uma imagem "corpo" esteticamente mais aceitável socialmente. Por outro lado, a atividade física contribui no maior controle do estresse, ademais, espera-se uma boa percepção da imagem corporal e um maior consumo de frutas e vegetais nos indivíduos que são fisicamente ativos. OBJETIVO: Verificar a percepção da imagem corporal, o nível de estresse e escolhas alimentares de praticantes de exercícios físicos. MÉTODO: Trata-se de estudo descritivo transversal aprovado por comitê de ética em pesquisa. A amostra foi composta por 24 (16 mulheres) adultos ativos, sem diagnósticos de doenças, eutróficos, com idade de 26,1±3,7 anos. Os participantes responderam questionário sobre saúde, Questionário de Frequência Alimentar (QFA), logo após, a Escala de Percepção de Estresse 10 (EPS-10) e ao questionário para autoavaliação de percepção da imagem corporal (silhuetas de stunkard), e, depois, foram verificados a massa corporal e a estatura para a obtenção do Índice de Massa Corporal (IMC) e o percentual de gordura por aferição de dobras cutâneas. RESULTADOS: Os participantes estavam dentro da normalidade para o percentual de gordura. Todavia, 87,5% dos homens subestimam a própria imagem e 81, 3% das mulheres a superestimam. Apenas 12,5% dos homens buscam manter a silhueta (87,5% querem uma silhueta maior) e todas as mulheres querem uma silhueta diferente das que possuem (87,5% querem uma silhueta menor e 12,5% maior). Ainda, 50% dos homens têm um consumo de frutas abaixo das recomendações e 68,8% referiram consumir refrigerantes mais de duas vezes por semana. Ademais, 12,5% dos homens e 18,8% das mulheres referiram consumir refrigerantes mais de 14 vezes por semana e 25% das mulheres consumir doces e guloseimas mais de 14 vezes por semana. Entre as mulheres o nível de estresse foi correlacionado com o consumo de frutas e hortaliças (r=-0,58; p=0,02). CONCLUSÃO: Os participantes do estudo mesmo com uma composição corporal dentro da normalidade e praticantes regulares de atividade física não necessariamente possuem uma boa percepção corporal ou optam por melhores escolhas alimentares, além disso, o nível de estresse parece influenciar o consumo de frutas entre as mulheres.