Resumo

Este estudo investigou os efeitos agudos da imagética motora (IM) sobre o desempenho de atletas de basquetebol. Para tanto 3 estudos foram elaborados. Inicialmente uma revisão sistemática específica sobre a utilização da imagética motora em atletas levantou os principais achados e lacunas da literatura. Em seguida um estudo piloto envolvendo 11 atletas juniores de basquetebol do sexo masculino, que realizaram a sessão de imagética motora + vídeo, com posterior teste de desempenho envolvendo 10 lances livres seguidos. Também foi avaliado a percepção de autoeficácia, através do questionário EAEGP, antes e após a sessão de imagética. A intervenção foi capaz de causar com 84% de chance, um efeito benéfico sobre os dois primeiros arremessos convertidos, entretanto, a percepção de autoeficácia não sofreu alteração. Por fim, um terceiro estudo envolvendo também atletas juniores de basquete (n=9), utilizou-se de uma intervenção mais ecológica. Os atletas forma submetidos a sessões de imagética tanto estática (IE) quanto dinâmica (ID), em situações de fadiga (F) ou somente aquecidos (C). Para elevar o estado de cansaço dos atletas foi utilizado o teste de Shuttle-run 20 metros. Foram avaliadas a frequência cardíaca, nível de cansaço (escala de OMNI), nível de imagética (Escala likert de 1-6) e desempenho no teste de lance livre (até 5 arremessos), averiguando tanto arremessos convertidos quanto precisão dos arremessos. Todas as condições foram superior a condição C. Quando descansados a ID se mostrou superior a IE, entretanto quando levados a um estado de fadiga a IE causou os maiores efeitos encontrados, enquanto a ID não mais foi efetiva além da própria fadiga, a qual também se mostrou benéfica em relação a condição C. O fator emocional envolvido na imagética ainda se mantém incerto. Assim sendo, a ID e a IE possuem momentos específicos dentro de um jogo para serem utilizadas com maior especificidade.

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