Impacto da atividade física sobre os níveis de ansiedade durante a pandemia de Covid-19
Por Silvio de Cassio Costa Telles (Autor), Bianca Miarka (Autor), Elisângela de Andrade Cabral (Autor), Juliana Brandão Pinto de Castro (Autor), Renata Ferreira Chrispino (Autor), Leonardo Carmo Santos (Autor), Jaime Della Corte (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 21, n 1, 2022.
Resumo
A pandemia causada pelo novo Coronavírus (COVID-19) se tornou um dos grandes tormentos do século XXI. O distanciamento social foi adotado como medida para evitar o avanço da pandemia. Apesar de necessário, esse confinamento pode desencadear transtornos emocionais. A atividade física tem efeitos positivos sobre o bem-estar físico e a saúde mental, incluindo a possibilidade de redução de sofrimentos psicológicos. Objetivo: Descrever o impacto da prática de atividades físicas sobre os níveis de ansiedade durante o isolamento social devido à COVID-19, entre jovens e adultos. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa de acordo com as recomendações dos principais itens para relatar Revisões Sistemáticas e Meta-análises (PRISMA). As buscas foram realizadas entre maio e julho de 2021 nas bases de dados eletrônicas APA PsycINFO, Medline (via PubMed) e Lilacs (via BVS). Resultados: Dos 95 artigos científicos encontrados, 12 foram considerados elegíveis. Os estudos analisados mostraram que, durante o confinamento, as mulheres se tornaram menos ativas fisicamente, enquanto os homens realizaram mais atividades físicas e apresentaram níveis menores de ansiedade. Adicionalmente, quanto mais altos os escores da prática de atividades físicas, menores foram os sintomas de ansiedade. Conclusão: Os indivíduos que se mantiveram fisicamente ativos ou aumentaram a quantidade de atividades físicas diárias com intensidades moderadas e/ou vigorosas apresentaram menores níveis de transtornos psicológicos durante o distanciamento social imposto pela COVID-19.