Resumo

A pandemia da COVID-19 atingiu a todos no mundo nos últimos dois anos. Todas as áreas das vidas foram afetadas, incluindo o futebol. O futebol brasileiro, como não poderia deixar de ser, precisou ser reformulado em questão de meses e os atletas foram os mais atingidos. Vimos campeonatos começando em um ano e terminando em outro e exigindo mais ainda dos atletas de futebol. Caracterizado como análise quantitativa, baseado nos calendários fornecidos pelas Federações Estaduais de Futebol, Confederações Brasileira de Futebol e Sul-americana (CONMEBOL), o objetivo desse estudo foi analisar o impacto da COVID-19 no calendário e o acúmulo de jogos a que foram submetidas as equipes. Ao analisar os números, vimos equipes atingindo mais de 130 jogos em sequência, com pouco mais de três dias e meio de recuperação entre as partidas o que, fisiologicamente, é algo absurdo. Concluímos, então, que há houve uma exigência enorme em cima dos atletas do futebol brasileiro. Equipes buscando melhorar as suas questões financeiras, sendo submetidas a quatro, cinco campeonatos em paralelo, sem trazer descanso adequado aos jogadores e comissões, que veem seus planos de treinamento sendo trocados por um modelo sem preparação alguma para os atletas, desconsiderando o que se estuda em termos de excesso de carga, destreinamento e recuperação. Finalmente haveria, nessa temporada, a oportunidade de uma valorização de equipes menores em termos de conquista de títulos, dando mais visibilidade a jogadores e mais tempo para as principais equipes se prepararem para as principais competições do calendário.

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