Resumo

O surfe atingiu um novo patamar ao se tornar uma modalidade olímpica, estreando oficialmente nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. Recentemente, em Paris quebrou recordes de audiência, consolidando-se como um esporte olímpico e impulsionando ainda mais sua competitividade e visibilidade. Neste contexto,  surfistas e treinadores têm se empenhado em compreender quais aspectos técnicos-táticos são condicionantes do desempenho em competições. Conforme os critérios oficiais de julgamento em uma competição de surfe, o atleta deve apresentar uma sequência de manobras inovadoras e progressivas, com alto grau de dificuldade, variando na combinação e repertório. Dessa forma, manobras aéreas (aquelas onde o surfista se desprende da parede da onda) que se caracterizam como inovadoras, têm sido frequentemente utilizadas, porém sua influência no resultado de uma bateria ainda é pouco estudada. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar os somatórios dos surfistas que utilizaram as manobras aéreas em relação aos que não utilizaram durante uma etapa do circuito brasileiro de base da Cbsurf, realizada na cidade de Porto de Galinhas (PE) em 2023. Foram analisadas, por meio dos vídeos disponibilizados pelo site oficial do campeonato, 40 baterias, das quartas de finais em diante, das categorias Sub 18, 16 e 14 masculino e feminino. Foram coletadas as informações referentes a utilização de aéreos e o somatório de notas obtidas pelos atletas. Foi realizado um teste t de duas amostras independentes para verificar se há diferença no somatório de notas do grupo de surfistas que utilizou aéreos em comparação ao grupo que não utilizou. A análise estatística foi realizada por meio do programa SPSS versão 27 (Windows 10), considerando um nível de significância de p ≤ 0,05. Foi encontrada diferença significativa entre os grupos avaliados e observado um tamanho de efeito grande, revelando que o somatório dos atletas que utilizaram a manobra aérea na bateria foi maior em relação aos que não utilizaram.

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