Impacto da prática regular de dança no perfil glicêmico e lipídico de idosas hipertensas: um relato de experiência sobre educação em saúde no município de Quirinópolis-go
Por Maria Vera Luis (Autor), Jozy Muriel Nascimento Lima (Autor), Maria Márcia Bachion (Autor), Luiz Delmar da Costa Lima (Autor), Veridiana Mota Moreira (Autor).
Em Praxia - Revista on-line de Educação Física da UEG v. 1, n 3, 2013.
Resumo
A Hipertensão Arterial (HA) é uma patologia de grande prevalência no Brasil e no mundo. O tratamento envolve além da terapêutica medicamentosa a mudança de hábitos e estilo de vida, como reeducação alimentar e prática regular de atividades físicas. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil bioquímico de mulheres hipertensas e não hipertensas praticantes e atividades físicas no programa intitulado 3ª idade em ação no município de Quirinópolis-GO. Para tanto, 17 mulheres com 63,7±10,4 anos, frequentadoras regulares do programa de atividades físicas oferecido pela Drogaria Silva no município em questão, foram submetidas a um procedimento de coleta de sangue em jejum para determinação do perfil glicêmico e lipídico das mesmas. Os dados obtidos foram comparados através do teste t de Student para amostras independentes. O grupo 1 foi composto por 12 mulheres ativas e hipertensas (GMAH) e o grupo 2 foi composto por 5 mulheres ativas não-hipertensas (GMANH). Os resultados evidenciaram que o GMAH apresentou níveis de colesterol total (CT) significativamente inferiores ao GMANH (165,9±25,2 mg/dL e 209,6±55,6 mg/dL, respectivamente, p<0,05). Quando os triacilgliceróis (TAGs) foram determinados não houve diferença estatística significativa entre os grupos, muito embora os valores apresentaram-se maiores no GMAH quando comparado ao GMANH (137,7±58,5 mg/dL e 93,6±11,4 mg/dL respectivamente). Tanto hipertensas como não hipertensas apresentaram valores elevados de glicemia em jejum (113,8±40,1 e 129,0±64,0, respectivamente), porém sem diferenças estatísticas significativas. Conclui-se, portanto, que idosas ativas hipertensas apresentam níveis de CT menores que as congêneres não hipertensas, porém, ambos os valores encontrados estão dentro de valores considerados normais à respectiva população. No entanto, uma possível intolerância à glicose pode estar se fazendo presente em ambos os grupos, necessitando para tanto, realização de exames laboratoriais complementares. Apontar direcionamentos relacionados à educação em saúde para a população idosa hipertensa no município de Quirinópolis, aumentar o número de participantes neste tipo de investigação, acrescentar grupo controle inativo fisicamente e obter análises metabólicas antes de começar qualquer programa de exercício físico regular são as recomendações propostas neste estudo.