Resumo

INTRODUÇÃO: Os suplementos alimentares têm sido frequentemente utilizados pelos praticantes de musculação. Dentre eles, um dos mais consumidos é a creatina, que participa do metabolismo energético no sistema anaeróbico alático. Seu consumo tem sido associado ao ganho de força e com potencial para fins estéticos voltados para hipertrofia. OBJETIVO: Assim, neste trabalho, objetivamos verificar o impacto da suplementação de creatina a curto prazo sobre a composição corporal e sobre o desempenho anaeróbico. METODOLOGIA: Em termos metodológicos, foram avaliados 20 participantes (18 a 30 anos; 24,05 ± 2,61) do sexo masculino, todos praticantes de musculação por um período mínimo de seis meses. Foram divididos dois grupos, sendo estes o grupo que ingeriu o placebo (maltodextrina) e o grupo que ingeriu a creatina. Antes e depois de cada tratamento, os participantes fizeram os testes de ergômetro de braços (Wingate), Fletcher (saltos horizontais consecutivos) e dinamometria manual. Foram avaliadas as dobras cutâneas e perimetrias. Os percentuais de massa gorda e massa muscular também foram obtidos por bioimpedância, bem como a água corporal total, isto é, água extra e intracelular. O consumo de creatina ocorreu com uma fase de sobrecarga (0,3g/Kg de creatina) divididas em 4 doses diárias , sendo o café da manhã, almoço, lanche e jantar por 7 dias, seguida de uma fase de manutenção com 0,03g/Kg por dia em uma única dose (pós treino) por mais 7 dias. A mesma dinâmica ocorreu com o grupo placebo que consumiu a maltodextrina. A pesquisa foi realizada com o método simples cego, ou seja, os avaliados não tinham conhecimento em qual grupo estavam inseridos, porém a responsável pela pesquisa sim. ANÁLISE ESTATÍSTICA: O tratamento estatístico foi de análise descritiva seguido do teste t de Student, comparando as variáveis dependentes antes e após a intervenção do suplemento ou placebo com nível de significância de p < 0,05. RESULTADOS: Nos resultados, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas intragrupos e nos momentos pré e pós a ingestão de creatina em todas as situações testadas. CONCLUSÃO: Observou-se a partir dos resultados que a suplementação com creatina a curto prazo seguindo o protocolo de Hultman et al. (1996), não produziu alterações significativas na composição corporal ou qualquer alteração antropométrica ou, ainda, na quantidade de água corporal, bem como os valores de potência avaliados no cicloergômetro de braços, nos saltos horizontais e força de preensão manual não demonstraram diferenças estatisticamente significativas.

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