Impacto de lesões linguais na qualidade de vida relacionada à saúde bucal de para-atletas brasileiros: um estudo observacional
Por Eugênio Esteves Costa (Autor), Caroline Mendes Souza (Autor), Rodrigo Von Held (Autor), Ricardo da Cunha (Autor), Rafaela Scariot (Autor), Marilisa Carneiro Leão Gabardo (Autor), Erika Calvano Küchler (Autor), Lívia Azeredo Alves Antunes (Autor), Leonardo Santos Antunes (Autor), João Armando Brancher (Autor).
Resumo
Língua geográfica (LG) e língua fissurada (LF) são distúrbios inflamatórios que causam dor e desconforto. No entanto, precisam ser estudadas em para-atletas. O objetivo do estudo foi investigar o impacto de ambas condições na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) entre para-atletas brasileiros. O diagnóstico clínico para LG e LF foi feito durante uma competição seletiva, e o questionário Perfil de impacto na saúde bucal (OHIP-14) foi aplicado a todos os participantes. Foram incluídos 261 para-atletas, com idade mediana de 29 anos (IIQ, 22-38). Dezoito (6,9%) tinham LG e a maioria era do sexo feminino (p= 0,010). LG causa grande impacto negativo na QVRSB (OHIP= 16) em três domínios do OHIP-14: incapacidade física (2, IIQ= 0,00-2,75, p= 0,016), incapacidade psicológica (2, IIQ= 1,00-4,00, p= 0,014) e desvantagem social (1, IIQ= 1,00- 2,00, p = 0,004), ao passo que LF não causa impacto adverso significativo (p= 0.406). Conclui-se que a LG é responsável pela pior percepção dos atletas paralímpicos sobre deficiência física e psicológica, além da desvantagem social.